Economia

DÓLAR HOJE - Expectativas por Donald Trump e dados da China influenciam o câmbio

O dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,28%, cotado a R$ 6,065

Dólar
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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • – 17:00: Dólar comercial (compra): +0,20%, cotado a R$ 6,065.
  • – 9:10: Dólar comercial (compra): -0,32%, cotado a R$ 6,033.

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira, 16 de janeiro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,48%, cotado a R$ 6,053.

O que influencia o dólar?

As expectativas de investidores para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), o republicano Donald Trump, são um dos pontos que influenciam o dólar nesta sexta-feira (17).

Neste último pregão antes do bilionário retornar à Casa Branca, na próxima segunda-feira (20), as expectativas giram em torno das políticas que serão adotadas pelo novo governo Trump.

A mídia norte-americana já repercutiu que o presidente eleito pode declarar um Estado de Emergência para intervir com maior liberdade nas finanças do País, ao passo que os rumores foram atenuados após sua equipe cogitar implementar tarifas gradativamente.

Esse cenário fora acentuado com declarações na última quinta-feira (16).

Recentemente, o secretário do Tesouro norte-americano escolhido por Donald Trump, Scott Bessent, reforçou a confiança na moeda americana ao prometer controle do déficit orçamentário e manutenção do dólar como reserva global.

Essas sinalizações podem aumentar a valorização do dólar, dado o fortalecimento de sua credibilidade no mercado internacional.

Além disso, tarifas de importação e cortes de impostos, esperados para o início do governo Donald Trump, elevam as expectativas de inflação nos Estados Unidos (EUA), o que pode levar a ajustes na política monetária norte-americana, como altas de juros.

Esse cenário geralmente atrai investidores ao dólar, em busca de retornos maiores.

Na Europa, perspectivas de relaxamento monetário pelos Bancos Centrais sugerem estímulos econômicos, o que pressiona o euro e favorece o dólar em termos relativos.

Brasil

Nesta sexta-feira (17), o mercado financeiro local observa o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de janeiro, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Houve uma alta de 0,52% em janeiro, mas em ritmo mais lento que no mês anterior, quando havia avançado 1,14%.

Com esse resultado, o índice acumula alta de 0,52% no ano e 6,72% nos últimos doze meses.

Em janeiro de 2024, o IGP-10 havia subido 0,42% no mês, mas apresentava queda acumulada de 3,20% em doze meses.

Commodities que pressionaram o IPA no final de 2024 e impulsionaram a inflação ao consumidor começaram a apresentar queda em seus preços. Entre os principais destaques estão soja, bovinos e leite in natura, que figuraram entre as maiores influências negativas no índice ao produtor em janeiro. Em contraste com o comportamento do IPA, o IPC e o INCC mostraram aceleração em relação a dezembro. No IPC, o principal destaque foi o reajuste das mensalidades escolares, enquanto no INCC, a aceleração foi puxada pelo aumento nos custos da mão de obra, afirma o economista André Braz.

Além disso, a FGV informa o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) relativo ao mês de novembro.

Investidores monitoram a entrevista do ministro da FazendaFernando Haddad (PT-SP), ao jornal CNN 360, prevista para acontecer ao vivo às 15:00.

Reforma tributária

Na cerimônia de sanção do primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária, ocorrida na última quinta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou a aprovação da regulamentação de “milagre”, enquanto o ministro o Fernando Haddad (PT-SP) destacou ser o “maior legado” econômico do governo para o País.

O ministro da Fazenda afirmou que, desde o Plano Real, o Brasil não realizou uma reforma econômica tão ampla.

Questionado sobre a medida provisória que proíbe a taxação do PIX, Haddad evitou comentar e afirmou apenas que cabe à imprensa analisar.

Em relação aos vetos na reforma tributária, o ministro classificou como “laterais”, uma vez que representam menos de 1% do projeto, e demonstrou confiança de que não gerarão controvérsias.

Ele confirmou que o Senado Federal está preparado para votar o segundo projeto, que aborda a transição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e temas relacionados a estados e municípios.

Lula, por sua vez, vetou a proibição do Imposto Seletivo sobre exportações minerais, e argumentou que a Constituição Federal (CF) permite cobrança de até 1%, na tentativa de evitar conflitos de interpretação.

Além disso, o governo também vetou isenções a fundos de investimento e destacou que essas medidas devem estar alinhadas às determinações constitucionais em vigor.

Na Zona Franca de Manaus, o veto evitou ampliar benefícios fiscais, com garantia de que produtos já isentos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não acessem o crédito presumido de 6%.

EUA

Nesta sexta-feira (17), o mercado norte-americano acompanha a divulgação de dados da produção industrial de dezembro.

Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulga o relatório “Perspectivas da Economia Global”.

Ásia

China O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 5,0% em 2024 e atingiu a meta do governo. O indicador registrou alta de 5,4% no 4º trimestre, impulsionada por estímulos desde setembro.

A indústria e o varejo do País apresentaram resultados expressivos em dezembro.

A produção industrial cresceu 6,2%, em uma superação aos 5,30% esperados, e as vendas do varejo subiram 3,70%, acima da estimativa de 3,50%.

os preços de novas moradias caíram 5,30% em dezembro, e, assim, registrou o menor recuo desde agosto de 2023 – uma desaceleração na queda em relação a novembro (-5,70%).

Europa

Zona do Euro – O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na Zona do Euro subiu para 2,4% em dezembro de 2024, contra 2,2% em novembro, com alta mensal de 0,4%.

O núcleo do índice permaneceu em 2,70% na base de comparação anual, em repetição a novembro.

Dessa forma, os dados finais confirmaram as previsões de analistas e as estimativas preliminares da Eurostat.

Reino Unido – As vendas no setor de varejo do Reino Unido recuaram 0,30% em dezembro contra novembro, e superou a queda esperada de 0,2%.

Anualmente, cresceram 3,6%, acima da projeção de 2,8%.