Desde sua implementação em 2020, o Pix revolucionou o mercado financeiro no Brasil, com transações instantâneas e gratuitas entre contas bancárias. Por operar na moeda brasileira, uma dúvida que sempre permeia é se dá para realizar transferências Pix em dólar.
Mas até o momento, o sistema opera exclusivamente em reais. No entanto, existem iniciativas em andamento para expandir sua funcionalidade para o cenário internacional.
Pix em dólar
Apesar de ser totalmente brasileiro, empresas como a PagBrasil já oferecem soluções tipo Pix para comerciantes estrangeiros.
O sistema permite que pagamentos via Pix sejam aceitos no Brasil, enquanto os valores são automaticamente convertidos para dólares ou euros.
Isso porque a conversão ocorre no momento da transação, com uma taxa de câmbio fixa, reduzindo custos para os usuários e promovendo maior transparência.
Além disso, ferramentas inovadoras estão sendo desenvolvidas para brasileiros receberem depósitos em dólares diretamente em suas contas nacionais.
Essa abordagem funcionaria de maneira similar ao Pix, mas em moeda estrangeira, potencialmente ampliando o alcance do sistema e facilitando transferências internacionais.
Embora ainda não seja possível realizar Pix diretamente em dólares no formato tradicional, essas iniciativas indicam um movimento claro de internacionalização.
Caso essas soluções ganhem força, o Brasil poderá se destacar ainda mais no cenário global de pagamentos instantâneos.
Qual a posição do Banco Central (BC) sobre Pix em dólares?
O Banco Central (BC) não divulgou planos concretos para incluir moedas estrangeiras no Pix, mas especialistas afirmam que o avanço da tecnologia e o interesse do mercado apontam para um futuro em que o sistema poderá, de fato, operar em múltiplas moedas.
Por enquanto, as alternativas existentes já representam um passo importante para aproximar o sistema do comércio e das transações internacionais.
Como surgiu o Pix?
O Pix foi lançado em novembro de 2020 pelo Banco Central do Brasil como parte da estratégia de modernização do sistema financeiro nacional, conhecida como “Agenda BC#”.
Inspirado em soluções internacionais de pagamentos instantâneos, como o UPI da Índia, o Pix foi projetado para facilitar transações financeiras rápidas, gratuitas e seguras.
Desde o início, o sistema buscou promover a inclusão financeira, reduzindo barreiras e custos associados à transferências bancárias tradicionais, como TEDs e DOCs.
Atualmente, o Pix movimenta volumes impressionantes. Em menos de quatro anos, tornou-se o meio de pagamento preferido de milhões de brasileiros, superando cartões de crédito, débito e dinheiro em transações diárias.
Em 2024, o sistema alcançou a marca de 130 milhões de usuários cadastrados e movimentou, em média, cerca de R$ 3 trilhões por mês.