O Banco Central (BC) vendeu US$ 3 bilhões no mercado à vista na manhã desta sexta-feira (20). Essa é a sétima operação desse tipo desde a semana passada.
Na véspera, o BC já havia injetado US$ 8 bilhões no mercado cambial, intensificando suas intervenções para conter a alta do dólar.
No leilão realizado hoje, entre 9h15 e 9h20, a autarquia aceitou oito propostas com um diferencial de corte de 0,000100.
Após a operação, o dólar à vista recuava 0,87%, sendo negociado a R$ 6,0713 às 9:30 (no horário de Brasília). Assim sendo, a moeda americana segue em queda e às 11:38 era cotada a R$ 6,088.
Série de intervenções do Banco Central
Desde quinta-feira passada (12), o BC já vendeu mais de US$ 23,75 bilhões no mercado cambial, combinando vendas à vista e leilões de linha – operações em que há compromisso de recompra da moeda.
Além disso, nesta semana, as intervenções somaram mais de US$ 5,7 bilhões, incluindo:
- Segunda-feira (16): US$ 1,623 bilhão;
- Terça-feira (17): US$ 3,3 bilhões em dois leilões;
- Quinta-feira (19): US$ 8 bilhões.
Dólar em recorde
O dólar segue pressionado devido a preocupações fiscais e instabilidade no mercado interno, atingindo a cotação recorde de R$ 6,30 na manhã da última quinta-feira (19).
Como funcionam os leilões do Banco Central?
O BC utiliza os leilões cambiais como ferramentas para garantir liquidez e estabilizar o mercado em momentos de alta volatilidade.
Porém, nesses casos, os dólares são ofertados diretamente aos “dealers de câmbio” – instituições financeiras que, por sua vez, repassam a moeda ao mercado secundário.