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Dropshipping: o que é e quais as suas vantagens?

Descubra como o dropshipping funciona, suas principais vantagens, desafios e como transformar esse modelo de negócio em uma oportunidade

Crédito: insta_photos de Getty Images
Crédito: insta_photos de Getty Images

Você já comprou um produto online e recebeu a encomenda sem saber exatamente de onde veio? Ou percebeu que diferentes lojas vendem o mesmo item, mas com marcas distintas? Essas situações são comuns no e-commerce e podem estar ligadas a um modelo de negócios bastante utilizado: o dropshipping

Esse modelo permite que empreendedores vendem produtos sem precisar de um estoque próprio. No entanto, para ter sucesso, é essencial entender o funcionamento, os benefícios e as possíveis limitações dessa estratégia.

O que é dropshipping?

O dropshipping é um modelo de negócio no qual o lojista vende produtos sem precisar armazená-los. Quando um cliente faz um pedido, o lojista repassa essa solicitação para um fornecedor, que se encarrega da embalagem e do envio diretamente para o consumidor final.

Dessa forma, o lojista atua como um intermediário, focando em marketing e atendimento ao cliente. Esse sistema reduz custos operacionais e facilita a entrada de novos empreendedores no comércio eletrônico. 

O próprio Mercado Livre já ensinou seus lojistas a fabricarem o dropshipping. Para a empresa, o “segredo para o sucesso no dropshipping no Mercado Livre é encontrar um nicho de negócio com pouca concorrência e alta demanda”. 

Além disso, a marca também indica procurar fornecedores confiáveis para esse processo de compra e repasse de materiais. 

Principais vantagens do dropshipping

O modelo de dropshipping apresenta diversos benefícios para quem deseja começar um negócio online. Entre as principais vantagens estão:

1. Baixo investimento inicial

Ao contrário do varejo tradicional, onde é necessário um grande capital para a compra de estoque, no dropshipping, o empreendedor só paga pelo produto depois que a venda é realizada. Isso reduz o risco de prejuízo e permite a entrada no mercado sem altos custos iniciais.

2. Redução de custos operacionais

Sem a necessidade de um espaço físico para armazenamento, os custos com aluguel, logística e manutenção de estoque são eliminados. Isso torna o negócio mais acessível e escalável, possibilitando que empreendedores administrem suas lojas de qualquer lugar.

3. Maior variedade de produtos

Como não há limitação de espaço para armazenagem, o lojista pode oferecer uma grande variedade de produtos sem se preocupar com excesso de estoque ou desperdício. Isso permite acompanhar tendências e testar novos nichos de mercado com mais facilidade.

4. Flexibilidade e escalabilidade

O dropshipping oferece maior flexibilidade, permitindo que o empreendedor administre a loja online de qualquer local. Além disso, a escalabilidade do negócio é facilitada, pois o lojista pode aumentar a demanda sem se preocupar com logística e estoque.

5. Foco no marketing e no atendimento ao cliente

Como a parte logística fica a cargo do fornecedor, o empreendedor pode direcionar seus esforços para atrair clientes, melhorar a experiência de compra e investir em estratégias de marketing digital.

Quais os desafios do modelo? 

Apesar das vantagens, o modelo de dropshipping apresenta alguns desafios que devem ser considerados antes de iniciar um negócio nesse formato.

1. Pouco controle sobre o estoque e prazos de entrega

Como o lojista não gerencia o estoque, ele depende do fornecedor para garantir a disponibilidade dos produtos e o cumprimento dos prazos de envio. Atrasos e problemas na entrega podem impactar negativamente a experiência do cliente.

2. Alta concorrência

Por ser um modelo acessível, o dropshipping atrai muitos empreendedores, o que gera uma concorrência elevada. Muitas lojas vendem os mesmos produtos, tornando essencial investir em diferenciação, branding e estratégias de marketing para se destacar.

3. Margens de lucro reduzidas

Os preços dos produtos no dropshipping costumam ser mais altos do que aqueles adquiridos em atacado. Como muitos lojistas competem entre si, a tendência é que os preços caiam, reduzindo as margens de lucro.

4. Problemas com qualidade dos produtos

Porém, o lojista não tem controle direto sobre a qualidade dos produtos enviados pelo fornecedor. Assim, se o item não corresponda às expectativas do cliente, a loja pode sofrer com reclamações, pedidos de reembolso e avaliações negativas.

Qual a diferença para o White label? 

Outro modelo de negócios que gera muitas discussões no e-commerce é o white label. Esse conceito se refere a produtos ou serviços fabricados por uma empresa, mas vendidos por outra com sua própria marca.

Pelo contrário do dropshipping, onde o lojista apenas intermedia a venda sem ter controle sobre a identidade dos produtos, no white label, a empresa personaliza a marca, podendo criar embalagens próprias e definir a precificação.

Supermercados vendem produtos de marca própria, como café, leite e massas, que terceiros fabricam. Da mesma forma, marcas de beleza compram produtos genéricos de laboratórios e os comercializam com seus rótulos.

Caso Tania Bulhões

Como por exemplo, a marca Tania Bulhões foi alvo de polêmicas relacionadas à prática de White Label. Após um vídeo do TikTok, a fabricante de itens de decoração foi questionada se os produtos da empresa, que costumam ter um preço um pouco ‘salgado’, são de autoria própria. 

Depois de muitos vídeos de consumidores indignados, a marca se manifestou, afirmando que seus produtos são autorais, mas que a fabricação ocorre com parceiros externos.

Porém, a empresa explicou que um fornecedor descumpriu o contrato e comercializou sobras de produção sem autorização, “algo que nunca esteve alinhado com os padrões da marca”. 

“Esse aprendizado reforçou nossa decisão de fortalecer cada vez mais nosso processo produtivo, assegurando que a originalidade e identidade da Tania Bulhões sejam sempre preservadas”, destacou. 

Além disso, a marca suspendeu a fabricação da coleção envolvida na polêmica. No entanto, cada xícara dessa coleção chegava a custar R$ 210.