Na última quarta-feira (20), a S&P elevou o rating da economia brasileira de "BB-" para "BB", com perspectiva estável. Esta foi a última das três principais agências de classificação de risco que elevou a nota do país neste ano.
De acordo com José Márcio Camargo, analista da Genial Investimentos, o rating da economia brasileira está a dois passos abaixo do grau de investimento, "que é o nível necessário para que o país possa receber investimentos de fundos de pensão de países desenvolvidos".
Para a alteração, a agência considerou o conjunto de reformas implementadas no Brasil desde 2016 que, segundo ela, foi coroada com a aprovação da Reforma Tributária na semana passada.
A agência considera que, caso o governo tivesse mais compromisso com o ajuste fiscal, a perspectiva poderia ser positiva, o que significaria que novas elevações poderiam ocorrer em espaço de tempo menor.
Entretanto, a ausência de um compromisso efetivo com o equilíbrio fiscal é, segundo a agência, um risco para o rating já obtido. Um cenário de deterioração fiscal poderia levar à perda de rating no futuro.