O Brasil registrou a criação de 432 mil empregos formais em fevereiro de 2025, marcando o maior saldo mensal da nova série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 2020.
Dessa forma, houve um crescimento de 214% em relação a janeiro, quando o país 137,3 mil empregos com carteira assinada. O resultado surge de 2,57 milhões de contratações e 2,14 milhões de desligamentos.
Caged fevereiro 2025
De acordo com os dados divulgados desta sexta-feira (28) pelo Caged o valor representa um crescimento de 40,5% em relação a fevereiro de 2024, quando foram geradas 307,5 mil vagas formais.
Em relação aos setores, o Caged mostrou que serviços liderou com 254.812 empregos. A indústria registrou 69,8 mil vagas e o comércio gerou 46,5 mil empregos nesse período. A lista segue com construção (40,8 mil) e agropecuária (19,8 mil) vagas.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) através do Caged, Alagoas foi a única unidade federativa terminar o mês com resultado negativo.
Por outro lado, São Paulo assumiu o primeiro lugar com criação de 137 mil vagas, seguido de Minas Gerais (52,6 mil) e Paraná (39,1 mil).
Impacto na taxa de juros
O crescimento na criação de empregos informado pelo Caged pode influenciar a política monetária do Banco Central (BC), que monitora de perto indicadores econômicos como este para definir a taxa de juros.
No dia 19 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC seguiu com os aumentos e elevou a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano. Este é o maior patamar para a Selic desde 2016.
Dessa forma, o mercado de trabalho aquecido tende a aumentar o consumo. Assim, pressionará a inflação, o que pode levar o Copom a manter juros elevados por mais tempo.