Nesta quinta-feira (26), o Banco Central (BC) dará continuidade a suas ações para conter a escalada do dólar com um leilão extraordinário de até US$ 3 bilhões à vista. As propostas serão recebidas entre 9h15 e 9h20, em meio à forte volatilidade que marcou os últimos dias no mercado cambial.
Na segunda-feira (23), a moeda americana fechou cotada a R$ 6,18, após atingir uma máxima intradiária de R$ 6,20.
Apesar da recente aprovação do pacote fiscal, a confiança dos investidores permanece abalada, agravada pela revisão de metas da Fazenda, que reduziu a previsão de economia em dois anos de R$ 71,9 bilhões para R$ 69,8 bilhões.
No cenário internacional, a reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos impulsionou ainda mais a valorização global do dólar.
A perspectiva de uma política econômica voltada para o mercado interno e restrições à imigração geram expectativas de inflação elevada, limitando cortes de juros pelo Federal Reserve.
Assim, o dólar se torna ainda mais atrativo, pressionando mercados emergentes, como o Brasil.
Sobretudo, as intervenções do BC já somam US$ 27,8 bilhões somente em dezembro, configurando o maior volume mensal de injeção cambial da história.
Apesar de significativa, a autoridade monetária conta com reservas internacionais robustas, atualmente em US$ 347,6 bilhões, para lidar com a volatilidade e proteger o país de choques externos.