Do outro lado do mundo

Bolsas asiáticas avançam após segunda-feira sangrenta: confira os principais desempenhos

O alívio nos mercados veio em meio a expectativas de negociações comerciais e sinais de que investidores ajustam posições após o pânico inicial causado pela guerra tarifária

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Reuters. Telão em Xangai mostra flutuações dos mercados acionários, 06/01/2021 - REUTERS/Aly Song
Reuters. Telão em Xangai mostra flutuações dos mercados acionários, 06/01/2021 - REUTERS/Aly Song

Após uma segunda-feira (7) marcada por desempenhos fortemente negativos devido às tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, as bolsas asiáticas registraram recuperação nesta terça-feira, 8 de abril.

O alívio nos mercados veio em meio a expectativas de negociações comerciais e sinais de que investidores ajustam posições após o pânico inicial causado pela guerra tarifária.

A seguir, confira os detalhes do fechamento dos principais índices asiáticos e o contexto que impulsionou essa retomada.

  • Nikkei 225 (Tóquio, Japão): O índice japonês subiu cerca de 1,8%, e fechou em aproximadamente 34.350 pontos. A recuperação foi liderada por ações de tecnologia e montadoras, que haviam sido duramente atingidas na véspera.
  • Hang Seng (Hong Kong): O índice avançou 2,10%, e encerrou o pregão próximo dos 22.300 pontos, impulsionado por papéis do setor financeiro e imobiliário.
  • Shanghai Composite (China): A bolsa de Xangai teve alta moderada de 0,9%, e terminou em torno de 3.370 pontos, com investidores atentos a possíveis medidas de estímulo econômico por parte de Pequim.
  • Kospi (Seul, Coreia do Sul): O índice sul-coreano ganhou 1,5%, e fechou perto de 2.520 pontos, com destaque para empresas de semicondutores.
  • Taiex (Taiwan): A bolsa taiwanesa registrou alta de 1,30%, e recuperou-se parcialmente das perdas de segunda-feira, com fechamento em cerca de 22.800 pontos.

A forte queda nas bolsas asiáticas na segunda-feira foi uma reação às tarifas de importação anunciadas por Trump, que incluíram taxas de 34% sobre produtos chineses, 24% sobre japoneses e 25% sobre sul-coreanos, entre outras. A medida, apelidada de “Dia da Libertação” pelo presidente americano, intensificou temores de uma guerra comercial global, e a China retaliou com tarifas recíprocas de 34% sobre bens dos EUA, a serem aplicadas a partir de 10 de abril.

Nesta terça-feira, no entanto, o mercado asiático encontrou suporte em sinais de que países afetados, como Japão e Coreia do Sul, podem buscar negociações bilaterais com os EUA para suavizar as tarifas.

Investidores também aproveitaram os preços mais baixos das ações para recompor carteiras, especialmente em setores como tecnologia e consumo.

Apesar da recuperação, analistas alertam que a volatilidade deve persistir enquanto as negociações comerciais não avançarem. A guerra tarifária pode pressionar a inflação global e desacelerar o crescimento econômico, especialmente em economias exportadoras como as da Ásia.

No Japão, por exemplo, montadoras como Toyota e Honda, que dependem do mercado americano, seguem sob escrutínio. Na China, o governo sinalizou que pode adotar medidas de estímulo para mitigar os impactos das tarifas.