Novo capítulo

China amplia tarifas sobre produtos dos EUA para 125%, convoca União Europeia e reacende tensão na guerra comercial

A medida foi uma resposta direta às ações do governo norte-americano, que impôs tarifas de até 145% sobre alguns produtos chineses, segundo comunicado oficial de Pequim

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Crédito: Kaboompics.com/Pexels
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A China anunciou nesta sexta-feira (11) um novo aumento nas tarifas sobre produtos importados dos Estados Unidos (EUA), e elevou a alíquota de 84,0% para 125,0%, em mais um capítulo da escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A medida foi uma resposta direta às ações do governo norte-americano, que impôs tarifas de até 145% sobre alguns produtos chineses, segundo comunicado oficial de Pequim.

Em nota, o Ministério das Finanças da China classificou as tarifas americanas como um ato completamente unilateral de intimidação e coerção, que viola gravemente as regras do comércio internacional e econômico, as leis econômicas básicas e o bom senso. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, reforçou que Pequim se opõe firmemente e jamais aceitaria tais práticas hegemônicas e intimidatórias.

O presidente da China, Xi Jinping, fez um apelo à União Europeia (UE) para que se una à oposição contra o que chamou de intimidaçãodos Estados Unidos. Não existem vencedores em uma guerra tarifária, declarou Xi.

Apesar da retórica, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que ainda acredita em um possível entendimento: É possível chegar a um acordo muito bom para ambos os países.

China reage a tarifas norte-americanas e aciona a OMC

Além da retaliação tarifária, a missão chinesa junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) informou que apresentou uma nova queixa contra as tarifas impostas pelos EUA.

Em 10 de abril, os EUA emitiram uma ordem executiva anunciando um novo aumento das chamadas tarifas recíprocassobre produtos chineses. A China apresentou uma queixa à OMC contra as mais recentes medidas tarifárias dos EUA, afirmou um porta-voz do Ministério do Comércio.

O endurecimento das tarifas chinesas, principalmente sobre produtos como componentes eletrônicos e veículos, amplia o clima de tensão nos mercados.

A elevação das tarifas de importação reflete diretamente o aumento imposto pelos EUA a empresas chinesas ligadas à produção de fentanil — droga que causa sérios impactos de saúde pública nos Estados Unidos.