Pela Ásia

China: preços ao consumidor sobem, enquanto deflação ao produtor persiste em junho

Dados econômicos revelam desafios persistentes para a demanda interna e produção industrial no gigante asiático

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O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China, divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Departamento Nacional de Estatísticas (NBS), mostrou um avanço modesto de 0,2% em junho, comparado ao mesmo período do ano anterior.

Este foi o quinto mês consecutivo de inflação, porém abaixo das expectativas dos economistas, que aguardavam um aumento de 0,4% de acordo com uma pesquisa do The Wall Street Journal.

Além disso, o IPC ficou abaixo dos 0,3% registrados em maio. Em relação ao mês anterior, o índice recuou 0,2%.

Enquanto isso, o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), que monitora os preços na saída das fábricas, permaneceu em território deflacionário pelo 21º mês consecutivo, com uma queda de 0,8% em junho em comparação ao ano anterior.

Os economistas projetavam uma deflação de 0,7%.

Em relação ao mês anterior, o PPI caiu 0,2%.

Esses resultados refletem uma demanda persistentemente fraca na China, apesar dos esforços de Pequim para estimular o consumo interno.

Os especialistas não se surpreenderam com os números divulgados, que indicam uma expectativa de inflação baixa ao longo do ano, influenciada pela prolongada crise imobiliária que continua a afetar a confiança e os gastos dos consumidores.

Além disso, o estímulo ao aumento da produção industrial implementado por Pequim pode contribuir para uma maior oferta de produtos e, consequentemente, uma pressão adicional para a redução dos preços no mercado em geral, conforme apontam os analistas econômicos.

As informações são do jornal Valor Econômico.