O governo da China ordenou que companhias aéreas do país suspendam novas encomendas de aviões da fabricante norte-americana Boeing, em mais um capítulo que intensifica a disputa comercial com os Estados Unidos (EUA).
A decisão ocorre após as tarifas retaliatórias impostas por Pequim, que sucederam novas medidas adotadas pelo presidente norte-americano Donald Trump.
Segundo fontes ouvidas pela agência Bloomberg, em condição de anonimato, o governo chinês também instruiu as empresas do setor aéreo a interromperem a aquisição de equipamentos e peças de empresas dos EUA.
A orientação ocorreu logo após a imposição de tarifas adicionais de 125% sobre produtos norte-americanos — uma resposta às tarifas de até 145% decretadas por Trump.
Impacto imediato nas ações da Boeing
Com a medida chinesa, as ações da Boeing chegaram a cair 4,6% no pregão pré-mercado, e ampliaram uma queda acumulada de 10% em 2025.
A elevação de tarifas torna inviável a aquisição de aeronaves e componentes norte-americanos pelas companhias aéreas da China, devido ao aumento expressivo nos custos.
O governo chinês avalia formas de auxiliar financeiramente as empresas que já operam aeronaves da Boeing, especialmente aquelas que dependem de leasing e enfrentam elevação nos gastos operacionais, de acordo com as mesmas fontes.