O governo dos Estados Unidos anunciou que lançará oficialmente, ainda neste mês, o “Gold Card”, novo visto de residência voltado a estrangeiros de alta renda.
A informação foi confirmada nesta quinta-feira (10) pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, durante uma reunião do gabinete na Casa Branca.
Segundo Lutnick, o cartão estará disponível “dentro de uma semana e meia”. O documento custará US$ 5 milhões (cerca de R$ 28,15 milhões, na cotação atual) e trará estampado o rosto do presidente Donald Trump.
“O cartão Trump está vindo aí. Estou muito empolgado”, afirmou o secretário.
O programa foi apresentado como uma versão reformulada do antigo EB-5, iniciativa que também concedia vistos em troca de investimentos.
Além do direito de residência e trabalho legal nos Estados Unidos, o novo “Gold Card” também garante isenção de impostos sobre rendimentos obtidos fora do país — um atrativo especialmente pensado para bilionários internacionais.
Estratégia para atrair investimentos
A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla da Casa Branca para atrair capital estrangeiro e compensar os impactos negativos das tarifas comerciais impostas pela própria administração Trump.
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Essas tarifas, voltadas principalmente à China e outros parceiros, têm provocado oscilações nos mercados globais e acendido alertas entre investidores.
De acordo com o governo americano, cerca de mil unidades do “Gold Card” já foram comercializadas, gerando uma arrecadação inicial de US$ 5 bilhões.
A meta é ambiciosa: vender até um milhão de cartões e, com isso, impulsionar investimentos diretos no país e reduzir o déficit fiscal.
O visual do novo visto foi revelado por Trump na semana passada, em uma apresentação a bordo do Air Force One. Em tom de campanha, o presidente celebrou a novidade como uma medida “inteligente, patriótica e benéfica para a economia americana”.
Repercussão e críticas
Apesar da empolgação do governo, a proposta já vem sendo alvo de críticas. Especialistas em imigração alertam para a elitização dos processos de entrada nos Estados Unidos, enquanto opositores de Trump apontam o uso político e midiático do próprio rosto no documento como “autopromoção”.
A administração, no entanto, defende o “Gold Card” como uma medida eficaz para gerar receita sem elevar impostos internos ou comprometer o orçamento federal. “Estamos atraindo os melhores investidores do mundo”, afirmou um porta-voz da Casa Branca.
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