Exterior

Maduro acusa Elon Musk de financiar golpe na Venezuela com investimento de US$ 1 bilhão

A afirmação foi feita durante seu programa de TV semanal "Con Maduro Más"

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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fez uma acusação grave contra o empresário Elon Musk, alegando que o bilionário sul-africano teria investido US$ 1 bilhão em um suposto plano para derrubar seu governo.

Segundo Maduro, Musk estaria por trás de uma conspiração que incluiu agitação pública, violência e tentativas de minar o processo eleitoral na Venezuela.

A afirmação foi feita durante seu programa de TV semanal “Con Maduro Más”, e aumentou as tensões políticas entre os dois.

As alegações de Maduro

Maduro afirmou que Elon Musk, dono da plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter), da SpaceX e da Tesla, teria financiado diretamente ações para promover um golpe de Estado.

“Elon Musk investiu pelo menos US$ 1 bilhão em um golpe, em uma rebelião fascista e em violência contra o processo eleitoral na Venezuela”, disse o líder venezuelano sem fornecer provas concretas para sustentar sua acusação.

O presidente venezuelano também destacou que essa não seria a primeira tentativa de interferência internacional nas eleições do país, acusando Elon Musk de ser um dos principais financiadores dessas movimentações.

Ele alegou que o bilionário estaria “obcecado” em derrubar seu governo e que a ideia de Musk seria promover desestabilizações no país sul-americano.

Confronto nas redes sociais

A troca de farpas entre Maduro e Musk não ficou apenas no campo das acusações em discursos.

O embate também chegou às redes sociais, especialmente na plataforma X, onde Musk teria respondido a algumas das afirmações do presidente venezuelano.

O confronto online rapidamente escalou para uma troca de insultos pessoais, que culminou na suspensão temporária da plataforma X na Venezuela por dez dias no início de agosto.

O contexto dos protestos

As tensões aumentaram no final de julho, quando grandes protestos eclodiram nas ruas da Venezuela após a reeleição de Maduro para seu terceiro mandato como presidente, que deve durar até 2031.

O presidente venezuelano venceu a eleição com 51% dos votos, mas a oposição e parte da comunidade internacional questionaram o resultado.

Os protestos foram marcados por confrontos violentos entre manifestantes e a polícia, especialmente em Caracas, a capital do país.

Maduro afirma que as manifestações foram financiadas por Musk e que fazem parte de uma estratégia para violar o direito dos venezuelanos à autodeterminação.

A posição de Elon Musk

Elon Musk, que até agora não fez comentários públicos substanciais sobre as últimas alegações de Maduro, já havia criticado anteriormente o governo venezuelano.

Entretanto, o empresário não confirmou nem negou as acusações diretamente em sua plataforma X.

Os seguidores de Musk também têm reagido à situação, defendendo o bilionário e criticando as alegações de Maduro como infundadas.

Maduro vs. Musk: uma rivalidade crescente

Maduro referiu-se a Musk como seu “arqui-inimigo” e acusou o empresário de liderar uma campanha de “ciberfascismo” contra a Venezuela.

Ele sugeriu que os ataques digitais contra seu governo, combinados com a agitação política no país, são financiados por interesses estrangeiros que querem desestabilizar a Venezuela.

Além de acusar Musk de estar por trás da violência eleitoral, Maduro afirmou que a extrema direita venezuelana, frequentemente chamada por ele de “Plataforma Democrática Unida”, estaria envolvida nesse suposto plano, com apoio de Musk e do governo dos Estados Unidos.