O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (27) que a Microsoft está novamente em negociações para adquirir o TikTok, popular aplicativo de vídeos curtos.
Segundo Trump, ele gostaria de ver uma “guerra de lances” pelo controle da plataforma. A empresa de tecnologia, no entanto, não comentou as declarações.
Tanto o TikTok quanto sua proprietária, a chinesa ByteDance, também não se pronunciaram sobre o assunto até o momento, conforme informou a agência Reuters.
Essa seria a segunda vez que a Microsoft aparece como potencial compradora do TikTok. Em 2020, durante o primeiro mandato de Trump, a gigante da tecnologia participou de negociações para adquirir a operação do aplicativo nos Estados Unidos, em meio a pressões do governo americano devido a preocupações com segurança nacional.
Na época, o presidente havia ordenado que a ByteDance vendesse o TikTok para evitar a proibição de sua operação no país.
Histórico de tensões e nova proposta para o TikTok
O TikTok conta com cerca de 170 milhões de usuários nos Estados Unidos e já esteve sob ameaça de banimento. Em janeiro, uma lei exigia que a ByteDance vendesse sua operação americana ou enfrentasse restrições.
Trump, após reassumir a presidência, chegou a emitir uma ordem executiva que prorrogava em 75 dias o prazo para que a legislação entrasse em vigor.
Na última semana, Trump revelou que estava em conversas com diversas partes interessadas no TikTok e indicou que uma decisão poderia ser anunciada dentro de 30 dias.
O presidente também mencionou Elon Musk como um possível comprador, mas o bilionário não comentou publicamente sobre a sugestão.
Mais recentemente, a startup de inteligência artificial Perplexity AI teria apresentado uma proposta de fusão com o TikTok, com um modelo em que o governo americano receberia até metade da nova empresa no futuro.
Negociações anteriores com a Microsoft
Durante o primeiro mandato de Trump, a Microsoft surgiu como um dos principais interessados na compra do TikTok. No entanto, as negociações não avançaram, e o esforço de desinvestimento terminou meses depois, em 2021, quando Trump deixou o cargo.
Satya Nadella, CEO da Microsoft, chegou a descrever a tentativa de aquisição como “a coisa mais estranha em que já trabalhei”. Segundo ele, o governo americano tinha um conjunto específico de exigências, mas os planos acabaram abandonados sem explicações claras.