O mercado de trabalho dos Estados Unidos (EUA) gerou 143.000 novas vagas de emprego no mês de janeiro, conforme aponta o relatório de empregos conhecido como Payroll. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Departamento do Trabalho local e indicam um crescimento inferior ao esperado pelos analistas.
O número de postos de trabalho criados ficou aquém das previsões do consenso LSEG-Reuters, que projetava a abertura de 170 mil vagas fora do setor agrícola no primeiro mês do ano.
A criação de empregos nos Estados Unidos sofreu impactos de diversos fatores conjunturais.
Especialistas apontam que a desaceleração observada em janeiro pode estar relacionada a eventos climáticos extremos, como os incêndios florestais que atingiram a Califórnia e as baixas temperaturas registradas em diversas regiões do país.
Embora o crescimento do emprego tenha mostrado sinais de desaceleração, a leitura dos dados não indica um cenário que justifique cortes imediatos nas taxas de juros pelo Federal Reserve (FED).
Analistas avaliam que a autoridade monetária deve manter a atual política de juros até, pelo menos, o final do primeiro semestre de 2025.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos permaneceu em 4% no mês de janeiro, em linha com as expectativas do mercado financeiro.
A previsão anterior indicava um possível aumento para 4,10%, mas as demissões seguem em patamares historicamente baixos.
Os ganhos médios por hora trabalhada registraram um aumento acima do previsto.
Em janeiro, os salários registraram um avanço de 0,5% na base mensal, acima das projeções de 0,3%.
Esse crescimento indica uma demanda consistente por trabalhadores e reforça a tendência de manutenção do poder de compra da força de trabalho americana.