O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (20) uma ordem executiva que adia a aplicação da proibição do TikTok em território norte-americano por mais 75 dias.
A decisão sucede uma promessa feita pelo republicano um dia antes de sua posse, em meio a intensos debates sobre segurança nacional e a influência estrangeira na plataforma de mídia social.
A ordem determina que o Departamento de Justiça não implemente a Lei de Aplicações Controladas por Adversários Estrangeiros, sancionada em abril pelo ex-presidente democrata Joe Biden.
Essa legislação estabelecia que, a partir de 19 de janeiro, o TikTok seria proibido nos EUA, a menos que seu proprietário, a empresa chinesa ByteDance, vendesse a plataforma para um comprador norte-americano ou de um país aliado.
TikTok ficou fora do ar por 12 horas antes de retorno inesperado
A promessa de Donald Trump, divulgada em sua rede social Truth Social, de que assinaria a ordem executiva foi suficiente para que o TikTok retomasse suas operações.
A plataforma ficou offline por mais de doze horas, entre a noite de sábado (18) e a manhã de domingo (19), mas voltou a funcionar no domingo à tarde, horário local.
Apesar do adiamento, ainda não ficou claro se a ByteDance estaria disposta a vender a operação americana do TikTok, mesmo com um eventual acordo intermediado pelo governo dos Estados Unidos (EUA).
Trump explica mudança de posição sobre o TikTok
O presidente surpreendeu ao justificar sua decisão de adiar a proibição. “Eu mudei de ideia sobre o TikTok porque consegui usá-lo”, disse Trump a repórteres nesta segunda-feira (20), durante uma coletiva no Salão Oval.
Ele ainda destacou preocupações relacionadas à segurança de dados.
“E lembrem-se, o TikTok, em grande parte, diz sobre crianças, crianças pequenas. Se a China vai obter informações sobre crianças pequenas a partir dele, para ser honesto, acho que temos problemas maiores do que isso”, declarou.
“Vendê-lo ou fechá-lo”
Trump enfatizou que a ordem executiva mantém suas opções em aberto em relação à plataforma. “Eu tenho o direito de vendê-lo ou fechá-lo, e faremos essa determinação”, afirmou o presidente, em um reforço de que a decisão final ainda estaria por vir.