Nesta quarta-feira, 20 de março, o FOMC (Comitê de Política Monetária) do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) decidiu pela manutenção do intervalo da taxa de juros (fed funds) no patamar de 5,25% a 5,50% ao ano.
A decisão veio em linha com a expectativa do mercado financeiro. Em comunicado, o Comitê afirmou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica tem se expandido em um ritmo sólido.
Além disso, a autarquia também destaca que os ganhos de emprego têm-se mantido fortes e a taxa de desemprego, baixa. A inflação, por sua vez, amenizou no último ano, mas mantém-se elevada.
"O Comitê considera que os riscos para a atingir seus objetivos em matéria de emprego e de inflação estão se tornando mais equilibrados. As perspectivas econômicas são incertas e o FOMC continua muito atento aos riscos de inflação", diz o comunicado.
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O FOMC não sinalizou quando pretende iniciar o ciclo de redução na taxa de juros.
Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez, afirmou que a decisão mostra menor convicção com o ciclo de afrouxamento à frente.
"Existia um temor no mercado que os dados recentes mais fortes na parte de atividade e inflação pudessem mexer com a projeção do FOMC de três cortes para dois este ano. Tal receio não se concretizou dado que o comitê manteve a projeção de três cortes para este ano, o que causou uma reação positiva imediata nos ativos de risco", explica.
Porém, Cunha pontua que, nas projeções do Fed para 2024, percebe-se um movimento mais conservador que ainda sugere uma postura mais cautelosa da autoridade monetária.
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