
Com a escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) projeta uma possível recessão global nos próximos meses, apurou o repórter Guilherme Balza para o blog da âncora Julia Duailibi, do g1 e da GloboNews.
Ministros e técnicos da equipe econômica relataram que o Brasil permanece em estado de observação, embora existe a expectativa de que EUA e China não cheguem a um consenso em curto prazo.
De acordo com fontes do governo Lula, avaliam ser possível que as maiores economias do mundo – como EUA, União Europeia, Reino Unido e Japão – enfrentem retração do Produto Interno Bruto (PIB) ainda em 2025. A China, por sua vez, deve apresentar crescimento modesto.
Em caso de recessão global, o Ministério da Fazenda avalia que vai haver uma redução na pressão inflacionária no Brasil.
Contudo, no curto prazo, a alta do dólar e o encarecimento dos produtos importados devem aumentar a inflação. No médio e longo prazos, a desaceleração da economia tende a conter essa alta.
Apesar do cenário internacional, a recessão no Brasil tem sido considerada improvável, devido à sua balança comercial diversificada, mercado interno robusto e bons índices de emprego e renda.
O governo brasileiro vê na atual crise uma oportunidade de reposicionar o país no comércio global. Representantes da União Europeia, Canadá, Arábia Saudita e outros países procuraram o Brasil em busca de ampliação de relações comerciais.
Existe a expectativa de que a postura anti-europeia de Trump acelere a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia.