Economia

Haddad anuncia novas medidas para governo cumprir meta fiscal em 2024

Segundo ministro da Fazenda, novo pacote dá continuidade à intenção de combater o chamado "gasto tributário"

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) - Diogo Zacarias, para o Ministério da Fazenda
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) - Diogo Zacarias, para o Ministério da Fazenda

Nesta quinta-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) anunciou um conjunto de novas medidas que serão enviadas pelo governo ao Congresso Nacional para melhorar a situação das contas públicas federais nos próximos anos.

As propostas buscam, entre outros fatores, garantir que o governo consiga cumprir a meta fiscal prevista no Orçamento de 2024 – de déficit zero, ou seja, gastar apenas o que será arrecadado no ano, sem aumentar a dívida pública.

Haddad destaca que o novo pacote dá continuidade à intenção do governo de combater o chamado "gasto tributário" – quando o governo renuncia ou perde arrecadação de impostos para algum objetivo econômico ou social.

"Nosso esforço continua no sentido de equilibrar as contas por meio da redução do gasto tributário no nosso país. O gasto tributário no Brasil foi o que mais cresceu, subiu de cerca de 2% do PIB para 6% do PIB", afirmou o ministro.

Entre as novas medidas, estão:

  1. a limitação, a um teto de 30% do crédito total, das compensações tributárias feitas pelas empresas – ou seja, de impostos que não serão recolhidos nos próximos anos para "compensar" impostos pagos indevidamente em anos anteriores e já reconhecidos pela Justiça;
  2. mudanças no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado na pandemia para beneficiar o setor cultural e prorrogado pelo Congresso, em maio, até 2026. Segundo Haddad, parte dos abatimentos tributários incluídos nesse programa será revogada gradualmente nesse período.

A princípio, os textos das medidas anunciadas ainda não foram divulgados, e só devem começar a tramitar de fato quando o Congresso voltar do recesso, a partir de fevereiro.

As informações são do G1.