O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (28) que o governo não tem planos de alterar o modelo vigente do arcabouço fiscal, que se baseia em metas de resultado primário e um teto de gastos.
Durante um evento organizado pela Arko Advice, em São Paulo, o ministro reiterou que a administração federal continuará com sua política econômica focada no cumprimento das metas fiscais, sem recorrer a estratégias com fins eleitorais.
“Esse é o caminho, não vamos inventar nada. Não é do feitio do presidente Lula inventar nada exótico por razões eleitorais”, declarou.
Segundo informações da agência Reuters, Haddad mencionou que o Brasil tem condições de crescer em ritmo semelhante à média global sem provocar pressões inflacionárias.
Sem entrar em detalhes, o ministro comentou que “ajustes super recessivos” podem ter o efeito contrário ao desejado, prejudicando a dívida pública. Neste sentido, ele defendeu uma abordagem mais “moderada” para recuperar resultados fiscais positivos.
Haddad também ressaltou que a seriedade com que o governo tem conduzido a política econômica é suficiente para manter as expectativas do mercado.
Sobre o aquecimento no mercado de trabalho, o ministro explicou que os recentes dados positivos advêm de uma safra forte. O movimento estimula contratações em diferentes setores da cadeia produtiva, como colheitas e transporte.
O Brasil registrou a criação de 432 mil empregos formais em fevereiro de 2025, o maior saldo mensal da nova série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 2020.
O resultado representa um crescimento de 214% em relação a janeiro, quando o país 137,3 mil empregos com carteira assinada.
(Com informações de Reuters)