Economia

Haddad quer reforma do IR para tributar os mais ricos

Ministro da Fazenda reforça a necessidade de reformar o IR, destacando que trabalhadores pagam na fonte, enquanto muitos ricos escapam da tributação

Crédito: Agência Brasil
Crédito: Agência Brasil

O governo federal pretende enviar ainda este ano ao Congresso Nacional a proposta de reforma do Imposto de Renda (IR), com o objetivo de garantir maior justiça tributária.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (12) que a mudança é necessária, pois atualmente muitos brasileiros ricos não pagam o tributo, enquanto os trabalhadores assalariados têm o imposto descontado diretamente na folha de pagamento.

Reforma tributária no consumo e isenção da cesta básica

Durante a cerimônia de lançamento do novo crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada, Haddad também abordou a reforma tributária sobre o consumo.

Ele ressaltou que, com a nova legislação, o governo federal decidiu isentar de impostos, inclusive estaduais, 100% da cesta básica, incluindo carne, leite, ovos e outras proteínas.

O ministro fez um apelo para que os governadores antecipem a implementação dessa medida para combater a carestia no país. “Essa decisão já foi tomada pela União e pode aliviar o bolso dos brasileiros”, disse.

Sistema tributário mais justo

Haddad destacou ainda que o Brasil caminha para ter um dos melhores sistemas tributários do mundo com as reformas em andamento.

Segundo ele, o governo também pretende avançar na reforma do Imposto de Renda, que será mais simples do que a tributação sobre o consumo, mas igualmente essencial para a justiça fiscal no país.

Três pilares para o desenvolvimento

No discurso, o ministro citou três pilares fundamentais para o desenvolvimento econômico do Brasil: educação, um sistema tributário justo e acesso ao crédito.

“A economia envolve muitas medidas, muita atenção e depende da conjuntura global, mas sem educação, o Brasil não vai se desenvolver”, afirmou Haddad.

A proposta de reforma do IR ainda será enviada ao Congresso e deve enfrentar discussões sobre faixas de isenção, tributação de grandes fortunas e mudanças na forma como empresas e indivíduos pagam impostos.