
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou nesta quarta-feira (12) sobre a necessidade de cautela em relação a possíveis retaliações contra os Estados Unidos. A discussão surge em meio às novas tarifas impostas pelo país sobre importações de aço.
Segundo o ministro, a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de agir com prudência. “O presidente Lula nos orientou a ter calma nesta hora. Não vamos proceder com retaliações precipitadas”, afirmou Haddad.
Durante encontro com representantes do setor siderúrgico, o ministro reconheceu as preocupações da indústria brasileira com as medidas adotadas pelos EUA. De acordo com Hadda, as tarifas têm impacto direto no mercado local e encarecem produtos para os consumidores americanos.
“O setor trouxe argumentos consistentes de que a medida de restrição ao aço não é boa para os próprios EUA”, disse o ministro, acrescentando que as tarifas também geram repercussões internas e preocupam a indústria nacional.
Haddad afirmou que o governo está elaborando uma nota técnica para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com propostas de proteção para a produção local de aço. Além de medidas que possam equilibrar o impacto das restrições comerciais.
A promessa de Trump é taxar em 25% as importações de aço e alumínio a partir desta quarta-feira, 12 de março. O Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA em 2024, ficando atrás apenas do Canadá.