Economia

Com tensão entre China e EUA, Haddad diz não ver risco de recessão no Brasil

Para o ministro, a manutenção dessas tarifas entre as duas maiores economias do planeta não parece sustentável

Déficit recorde de R$ 230,5 bi em 2023: Haddad aponta calote de Bolsonaro nas contas públicas - Pedro Gontijo/Senado Federal
Déficit recorde de R$ 230,5 bi em 2023: Haddad aponta calote de Bolsonaro nas contas públicas - Pedro Gontijo/Senado Federal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou a possibilidade de uma recessão no Brasil, mesmo diante do agravamento da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

“Não vejo risco de recessão no Brasil. Obviamente estamos olhando a situação e temos que verificar como as tensões vão se acomodar. Difícil acreditar que as tarifas mútuas vão se manter. É algo que desorganiza demais as cadeias produtivas globais”, afirmou o ministro, durante o evento “Pulso Econômico: As Novas Regras do Jogo”, organizado pela CNN.

Para Haddad, a manutenção dessas tarifas entre as duas maiores economias do planeta não parece sustentável.

“A gente tem que ver onde essa guerra comercial entre EUA e China vai se acomodar […] É difícil prever o que vai acontecer com a economia mundial”, ressaltou Haddad.

Em relação ao cenário interno, o ministro destacou que o Brasil continua crescendo, ainda que em um ritmo mais moderado em comparação aos dois anos anteriores — movimento que, segundo ele, busca conter pressões inflacionárias. Mesmo assim, a expectativa do Ministério da Fazenda é de um crescimento de 2,5% em 2025.