Economia

'Nem Meirelles, nem Guedes conseguiram produzir superávit sustentável das contas públicas', diz Haddad

Haddad alegou que o governo Lula está fazendo sua parte para equilibrar as contas públicas.

'Nem Meirelles, nem Guedes conseguiram produzir superávit sustentável das contas públicas', diz Haddad
Crédito: Photographer: Andressa Anholete

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre uma maior “honestidade intelectual” ao avaliar o trabalho do governo Lula na área fiscal.

Em entrevista à RedeTV nesta quinta-feira (30), o ministro atacou a atuação dos governos anteriores na economia, citando dois antecessores no cargo: os ex-ministros Henrique Meirelles e Paulo Guedes.

Haddad pontuou que o governo Lula está “fazendo sua parte” para equilibrar as contas públicas. “Nós tivemos o governo Temer e o governo Bolsonaro com déficits fiscais muito superiores, mas muito superiores, ao que está sendo observado agora”, afirmou o ministro.

“O déficit dos sete anos dos governos Temer e Bolsonaro são déficits que somaram 2% do PIB. Ano passado tivemos um déficit de 0,1%”, pontuou Haddad na entrevista. “Então, passa uma ideia falsa de que estava se cuidando das contas públicas antes e não está se cuidando agora”, acrescentou.

Dados citados por Haddad

Na véspera, o Tesouro Nacional informou que o governo central registrou um déficit primário de R$ 11,032 bilhões em 2024. A conta exclui quase R$ 32 bilhões em despesas extraordinárias que não serão contabilizadas na apuração da meta fiscal, incluindo os gastos para mitigar efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul.

A meta fiscal do governo para 2024 era de resultado primário zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. Assim, o resultado obtido ficou de fato dentro da meta estabelecida.

Os dados apresentados ontem indicaram que nos dois primeiros anos do governo Lula o déficit primário foi equivalente a 1,19% do PIB. No governo Temer, de setembro de 2016 a 2018, o déficit foi de 2,09% do PIB e, no governo Bolsonaro, de 2019 a 2022, foi de 2,43%.