O Índice de Atividade do Banco Central (BC), o IBC-Br, conhecido como a “prévia do PIB”, registrou uma queda de 0,34% em março após uma alta de 0,40% mês anterior, na série com ajustes sazonais. Para o período, o mercado financeiro aguarda uma retração de 0,25%.
O número reverte quatro altas consecutivas, mas ainda acumula um avanço de 1,70% nos últimos doze meses.
Com esse resultado, a expansão no primeiro trimestre foi de 1,10%. O número foi influenciado pelo crescimento da indústria (0,30%), dos serviços (0,50%), mas principalmente do varejo (2,50%) no período, ressaltou Rafael Perez, economista da Suno Research.
“Apesar do dado negativo em março, a atividade econômica surpreendeu positivamente nos três primeiros meses do ano, impulsionada pelo mercado de trabalho aquecido, o aumento nos salários, as melhores condições de crédito e o consumo mais sólido das famílias”, comentou.
Perez acrescenta que, neste sentido, o avanço do indicador no primeiro trimestre corrobora com o cenário da Suno Research para um crescimento de 0,70% do PIB e uma expansão da economia liderada pelo lado da demanda.
“Para o restante do ano, esperamos que os efeitos cumulativos da queda da Selic sobre o crédito se tornem mais evidentes, especialmente na segunda metade do ano. Com isso, projetamos que o crescimento do PIB de 2024 seja mais equilibrado entre oferta e demanda e cresça mais próximo do seu potencial de 2,0%”, finalizou.