Contas públicas

IFI: com Lula, dívida bruta em relação ao PIB deve subir 12,4%

Em dezembro de 2022, a dívida bruta do governo geral estava em 71,70% do Produto Interno Bruto (PIB)

Eleição 2022
Eleição 2022

A dívida bruta do governo geral do Brasil deve apresentar um crescimento significativo de 12,4 pontos percentuais (p.p.) durante os quatro anos do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Essa informação foi divulgada pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão responsável pelo monitoramento das contas públicas, vinculado ao Senado Federal.

Situação atual da dívida bruta

Em dezembro de 2022, a dívida bruta do governo geral estava em 71,70% do Produto Interno Bruto (PIB).

De acordo com as estimativas da IFI, o endividamento deve alcançar 80,0% em dezembro deste ano, com uma tendência de alta que pode levar esse percentual a 82,2% em 2025 e a 84,10% em 2026, último ano do atual governo.

Entenda a dívida bruta do governo geral

A dívida bruta do governo geral (DGBB), um indicador calculado pelo Banco Central do Brasil, abrange apenas as obrigações do governo federal, mas também as dívidas dos entes subnacionais, como estados e municípios.

Fatores que influenciam a elevação

Como apontam as análises realizadas pela Instituição Fiscal Independente (IFI), o aumento da dívida resulta de diversos fatores interligados:

  • Menor Efeito do Crescimento do PIB: O crescimento do Produto Interno Bruto não contribui de maneira significativa para a redução da dívida.
  • Não Geração de Superávits Primários: A ausência de superávits primários tem impactado negativamente a saúde fiscal do governo.
  • Elevação das Taxas de Juros: O aumento das taxas de juros também tem contribuído para o encarecimento da dívida.
  • Crescimento das Emissões de Títulos: O aumento nas emissões primárias líquidas de títulos da dívida pelo Tesouro Nacional tornou-se um fator adicional que agrava a situação.

Alexandre Andrade, diretor da IFI, destacou em seu Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de outubro que “a perspectiva de realização de déficits fiscais pelo setor público nos próximos anos e a taxa real de juros mantida em nível relativamente elevado contribuirão para que a dívida mantenha tendência de alta”.

As informações são do site Poder360.