Indicadores Econômicos

Desemprego cai a 6,8%, menor índice para um trimestre encerrado em julho, diz IBGE

Esta marca representa uma redução de 0,70 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2024, quando a taxa era de 7,5%

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No período de maio a julho de 2024, a taxa de desocupação no Brasil registrou uma queda significativa, a 6,8%.

Esta marca representa uma redução de 0,70 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2024, quando a taxa era de 7,5%.

Além disso, a queda foi de 1,10 p.p. em comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, que registrou uma taxa de 7,90%.

Este foi o menor índice registrado para um trimestre encerrado em julho desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, conduzida pelo IBGE desde 2012.

Número de desocupados atinge menor nível desde 2015

O número total de pessoas desocupadas caiu para 7,4 milhões, o menor registrado desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

Esta redução foi indicativa de uma melhoria contínua no mercado de trabalho brasileiro, e reflete uma tendência de crescimento no número de trabalhadores e uma diminuição nas taxas de desemprego.

Recorde no número total de trabalhadores

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “o trimestre encerrado em julho mantém os resultados favoráveis do mercado de trabalho observados ao longo do ano, com queda da desocupação e expansão contínua do contingente de trabalhadores”.

O total de trabalhadores no Brasil atingiu um novo recorde de 102,0 milhões, um aumento de 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) em comparação ao trimestre anterior e de 2,70% (mais 2,70 milhões de pessoas) em relação ao ano passado.

Empregos nos setores privado e público atingem novos recordes

O setor privado também alcançou recordes significativos. O número de empregados com carteira de trabalho assinada chegou a 38,5 milhões, enquanto o número de empregados sem carteira assinada foi de 13,90 milhões.

O Comércio foi o setor que mais contribuiu para o aumento da ocupação, com uma alta de 1,90% no trimestre, ao adicionar 368 mil novos trabalhadores.

No total, o número de ocupados no Comércio atingiu 19,30 milhões, um recorde histórico, de acordo com a PNAD Contínua.

Adriana Beringuy comentou que “parte expressiva da expansão da ocupação no comércio ocorreu por meio do emprego com carteira de trabalho assinada, o que contribui para a melhoria da cobertura de formalidade nessa atividade”.

Crescimento recorde no setor público

No setor público, os números foram notáveis.

O número de servidores públicos, tanto com quanto sem carteira assinada, alcançou recordes históricos na série da PNAD Contínua.

O total de servidores com carteira aumentou 10,6% no trimestre e 13,6% no ano, enquanto os servidores sem carteira cresceram 7,4% no trimestre e 4,70% no ano.

A analista do IBGE observou que “a ocupação no setor público apresenta crescimento ao longo de 2024, principalmente entre os trabalhadores que atuam no segmento do ensino fundamental e na administração pública municipal”.

Estabilidade no rendimento médio e crescimento da massa de rendimentos

Em termos de rendimento, o valor médio real das pessoas ocupadas permaneceu estável em R$ 3.206 no trimestre encerrado em julho.

No entanto, houve um aumento de 4,8% no rendimento médio em comparação ao ano anterior.

A massa de rendimentos, que soma as remunerações de todos os trabalhadores, alcançou R$ 322,4 bilhões, um crescimento de 1,90% no trimestre e de 7,90% na comparação anual.