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Desemprego cai para 6,10% - o menor nível da série histórica do IBGE em novembro

Esse índice representa 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego no país, o menor número de desempregados desde o trimestre finalizado em dezembro de 2014

Desemprego cai para 6,10% - o menor nível da série histórica do IBGE em novembro
Foto: TATIANA FORTES/ GOV. DO CEARA

No trimestre móvel encerrado em novembro de 2024, o Brasil registrou uma taxa de desemprego de 6,10%, o menor valor desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em janeiro de 2012.

Esse índice representa 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego no país, o menor número de desempregados desde o trimestre finalizado em dezembro de 2014.

Se comparado com o trimestre anterior, 510 mil pessoas deixaram a condição de desemprego.

Já em relação ao mesmo período de 2023, o número de desocupados caiu em 1,4 milhão de pessoas.

Desemprego: comparativo com os piores números da série histórica

A taxa de desocupação atual está 8,8 pontos percentuais abaixo do recorde negativo registrado durante a pandemia de COVID-19, quando a taxa alcançou 14,90% no trimestre finalizado em setembro de 2020.

Em termos absolutos, o número de desocupados também caiu drasticamente, a 55,6% abaixo do pico histórico de 15,30 milhões de pessoas, alcançado no primeiro trimestre de 2021, outro período marcado pela crise sanitária e econômica global.

Mercado de trabalho no Brasil apresenta novos recordes

O número total de pessoas ocupadas no país bateu um novo recorde, a 103,90 milhões de trabalhadores.

Este número representa um crescimento expressivo de 25,80% em relação ao menor contingente registrado na série histórica, que foi de 82,6 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em agosto de 2020, um dos momentos mais críticos da pandemia de COVID-19.

Desde então, o país tem assistido a uma recuperação sólida, com a inserção de 21,30 milhões de pessoas no mercado de trabalho.

Ocupação formal e informal: crescimento de empregos nos setores privado e público

Com o aumento da ocupação no trimestre encerrado em novembro, o Brasil também alcançou novos recordes no número de trabalhadores no setor privado, que atingiu 53,50 milhões de pessoas.

O número de trabalhadores com carteira assinada também foi histórico, e soma 39,10 milhões de trabalhadores formais.

Além disso, o número de empregados no setor público cresceu para 12,8 milhões.

O nível de ocupação, a proporção de pessoas de 14 anos ou mais que trabalham, também registrou recorde histórico e chegou a 58,8% da população economicamente ativa.

Projeções para o fechamento do ano de 2024

A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que “o ano de 2024 caminha para o registro de recordes na expansão do mercado de trabalho brasileiro, impulsionado pelo crescimento dos empregados formais e informais”.

Esse avanço tem sido um reflexo da recuperação econômica observada no país nos últimos trimestres, com uma crescente demanda por empregos formais e informais, o que tem contribuído para a diminuição do número de pessoas em situação de desemprego.

Empregados sem carteira assinada e trabalhadores informais

No entanto, o número de empregados sem carteira assinada não apresentou variação significativa e manteve-se em 14,4 milhões no trimestre.

O número de trabalhadores por conta própria aumentou em 1,8%, a 25,90 milhões, o que contribuiu para uma taxa de informalidade de 38,70% – o equivalente a 40,30 milhões de trabalhadores informais.

Esse índice está ligeiramente abaixo da taxa observada no trimestre anterior (38,8%), e também foi menor do que a registrada no mesmo período de 2023 (39,2%).

Setores da economia que puxaram o crescimento da ocupação

A ocupação no Brasil foi impulsionada principalmente por quatro setores da economia, que registraram crescimento significativo no número de trabalhadores no trimestre encerrado em novembro.

A Indústria cresceu 2,4%, o que representa a entrada de mais 309.000 pessoas no mercado de trabalho.

A Construção também apresentou um crescimento considerável de 3,6%, com a adição de 269.000 pessoas.

O setor de Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais apurou alta de 1,2%, o que resultou em 215.000 novos empregos.

Serviços Domésticos cresceram 3,0%, com a adição de 174.000 pessoas ao mercado de trabalho.

Somadas, essas quatro atividades econômicas geraram um total de 967.000 novas vagas no mercado de trabalho no último trimestre.

Adriana Beringuy explica que “a expansão da ocupação por meio de diversas atividades econômicas permite que tanto os trabalhadores de ocupações elementares quanto os de serviços profissionais mais avançados sejam demandados, expande o nível da ocupação geral da população ativa”.

Entretanto, o setor de Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura registrou uma redução no número de trabalhadores, com uma queda de 4,4%, ou 358 mil pessoas a menos.

Rendimentos e massa de rendimento: novos recordes e patamares de crescimento

O rendimento real habitual de todos os trabalhadores no Brasil foi de R$ 3.285,00, o que representou uma estabilidade no trimestre e um crescimento de 3,4% no ano.

No entanto, a massa de rendimento real habitual atingiu um novo recorde, a R$ 332,70 bilhões, com uma alta de 2,10% no trimestre, o que significa um acréscimo de R$ 7,10 bilhões.

Em comparação com o ano anterior, o crescimento da massa de rendimento foi de 7,2%, ou R$ 22,5 bilhões a mais.

Na comparação trimestral, o setor de Transporte, Armazenagem e Correio foi o único a apresentar uma alta significativa no rendimento médio, que aumentou 4,70%, o que corresponde a R$ 141,00 a mais.

Já no comparativo anual, o rendimento médio cresceu em três setores específicos: o Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas registrou alta de 3,90%, ou R$ 102,00 a mais; o Transporte, Armazenagem e Correio aumentou 7,8%, com R$ 229,00 a mais; e os Serviços Domésticos tiveram um crescimento de 3,6%, ou R$ 43,00 a mais.

Nos demais grupamentos de atividades, os rendimentos permaneceram estáveis.