
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) mostrou desaceleração na primeira prévia de abril, com alta de apenas 0,05%, contra um avanço de 0,290% na mesma leitura de março. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira (8).
Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo – M (IPA-M) caiu 0,07%, após alta de 0,14% em março. O Índice de Preços ao Consumidor – M (IPC-M) recuou de 0,77% para 0,28%. Já o Índice Nacional da Construção Civil – M (INCC-M) manteve a variação de 0,50% registrada na prévia anterior.
Conheça o IGP-M
Conhecido como a “inflação do aluguel”, o IGP-M mede a variação de preços em três grandes categorias: o IPA-M (atacado), o IPC-M (consumidor) e o INCC-M (construção civil), com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente.
Essa composição ampla permite que ele reflita tanto os custos de produção quanto os preços ao consumidor, oferecendo uma visão abrangente da dinâmica inflacionária.
A principal importância do IGP-M diz respeito a sua aplicação prática. Ele tem sido amplamente utilizado para corrigir contratos de aluguel residencial e comercial, e garante que os valores acompanhem a inflação e protejam o poder de compra das partes envolvidas.
Além disso, o índice serve como referência para ajustes em tarifas públicas, contratos de concessão e até mesmo em investimentos financeiros, como títulos de renda fixa atrelados à inflação.
Sua abrangência o torna mais sensível às oscilações de preços no atacado, como commodities, o que o diferencia de índices como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), focado no consumo familiar.
Para empresas e investidores, sinaliza tendências de custo e ajuda na formação de expectativas econômicas, especialmente em períodos de instabilidade, como crises cambiais ou choques de oferta.
No entanto, sua volatilidade, influenciada por fatores globais como o preço do dólar e das matérias-primas, gera debates sobre sua adequação para ajustes contratuais e levou alguns a migrarem para o IPCA.