O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas (FGV) caiu 2,30 pontos em junho, para 110,60 pontos.
Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador manteve a tendência de alta ao subir 2,30 pontos, para 110,0 pontos.
“O recuo do indicador de incerteza em junho pode ser explicado por uma calibragem no componente de mídia, após uma alta expressiva no mês anterior influenciada diretamente pelo desastre climático no Sul do país”, afirmou a economista Anna Carolina Gouveia.
O componente de expectativas, por sua vez, sobe pelo segundo mês consecutivo, e reflete “um aumento da incerteza com relação à evolução futura de inflação e juros no Brasil, além do cenário internacional desafiador“, declara Gouveia.
Nos próximos meses, estima ser possível que o IIE-Br continue a flutuar próximo aos 110 pontos, o que manteria o nível de incerteza em patamar “ainda ligeiramente desconfortável”.
O componente de Mídia do IIE-Br recuou 3,4 pontos em junho, para 110,80 pontos, e contribuiu negativamente com 3,0 pontos para a evolução do índice agregado.
O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 2,80 pontos, para 105,10 pontos, maior nível desde agosto do ano passado (105,20 pontos).
O componente de Expectativas contribuiu positivamente com 0,70 ponto para a alta do IIE-Br no mês.