No segundo trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% frente ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3).
As altas nos Serviços (1,0%) e na Indústria (1,8%) contribuíram para essa taxa positiva, ainda que a Agropecuária tenha recuado 2,30% no período.
Destaques do PIB
Pela ótica da demanda, na mesma comparação, houve altas nos três componentes:
- – o consumo das famílias e o consumo do governo cresceram à mesma taxa (1,30%, ambos); e
- – a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 2,10%.
Os três componentes cresceram nas três comparações, incentivados pelas condições do mercado de trabalho, pelos juros mais baixos e pelo crédito disponível, entre outros fatores.
Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,90 trilhões no trimestre.
Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,30% e foi acompanhado, mais uma vez, pelos Serviços (3,50%) e pela Indústria (3,90%), enquanto a Agropecuária mostrou recuo de 2,90%.
O que diz o IBGE
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, observa que “com o fim do protagonismo da Agropecuária, a Indústria se destacou nesse trimestre, em especial na Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e na Construção”.
Palis aponta que contribuíram, ainda, para a performance dos componentes da demanda, “a alta dos investimentos, beneficiados pelo crescimento da importação e a produção nacional de bens de capital, o desempenho da construção e, também, o desenvolvimento de software. Além disso, ao contrário do ano passado, o setor externo tem contribuído negativamente para o crescimento da economia”.
Taxa de investimento sobe e taxa de poupança recua
A taxa de investimento no segundo trimestre de 2024 foi de 16,8% do PIB, acima dos 16,4% registrados no segundo trimestre de 2023.
Já a taxa de poupança recuou 16,0%, abaixo dos 16,8% do mesmo trimestre de 2023.
Palis explica que “a taxa de investimento foi beneficiada principalmente pelo crescimento superior, em volume, da Formação Bruta de Capital Fixo em relação ao PIB”.