Na passagem de abril para maio, a produção industrial do país recuou 0,90%. Foi o segundo mês consecutivo de queda, período em que acumulou perda de 1,70%.
Com isso, o setor eliminou o ganho de 1,10% que havia acumulado entre fevereiro e março deste ano.
Os resultados de maio levaram a indústria a operar 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia de COVID-19, registrado em fevereiro de 2020, e 17,8% abaixo do maior nível da série, alcançado em maio de 2011.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Em maio, houve predominância de resultados negativos de forma geral, com queda na margem e na comparação com maio do ano anterior, interrupção da trajetória ascendente no índice de média móvel trimestral e perda de intensidade no ritmo de expansão no acumulado do ano e dos doze meses anteriores. Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e um dos fatores que explicam esse resultado são as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país.”
André Macedo, gerente da pesquisa
Das vinte e cinco atividades investigadas pela pesquisa, dezesseis recuaram em maio.
As duas maiores influências negativas para o resultado geral da indústria foram exercidas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,70%) e produtos alimentícios (-4,00%).
Já os principais impactos positivos sobre o resultado geral da indústria vieram das indústrias extrativas (2,60%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,90%).
Em relação a maio do ano passado, a indústria recuou 1,0%.