Indicadores Econômicos

Varejo recua 1% em junho, diz IBGE

No primeiro semestre de 2024, o varejo acumula alta de 5,2% em relação ao mesmo período de 2023, abaixo do acumulado até maio (5,50%)

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Em junho, as vendas no comércio varejista no Brasil caíram 1,0% na comparação com o mês anterior, quando cresceram 0,90%, informou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (14).

No primeiro semestre de 2024, o varejo acumula alta de 5,2% em relação ao mesmo período de 2023, abaixo do acumulado até maio (5,50%).

A média móvel trimestral variou 0,2% no trimestre encerrado em junho, enquanto o acumulado nos últimos doze meses ficou em 3,6%, vigésimo primeiro mês seguido com o indicador no positivo.

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas variou 0,4% na passagem de maio para junho.

Já na comparação com junho de 2023, houve recuo de 1,50%. A média móvel trimestral, depois de registrar 0,10% de variação em maio, mostrou estabilidade (0,0%).

Quanto às atividades, houve equilíbrio entre resultados negativos e positivos. Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,10%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,80%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,90%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,30%) registraram desempenho negativo.

A queda de hiper e supermercados pode ser explicada pela pressão inflacionária. Apesar de o índice geral da inflação ter diminuído em junho, o principal fator inflacionário naquele mês foi a alimentação no domicílio.

Por outro lado, Combustíveis e Lubrificantes (0,6%), Equipamentos e Material para Escritório, informática e comunicação (1,2%), Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria (1,8%) e Móveis e Eletrodomésticos (2,6%) cresceram de maio para junho.

“A queda de 1,0% no comércio varejista em junho acontece após cinco meses seguidos em alta, período que culminou com o recorde da série histórica em maio. O efeito rebote, ou seja, uma retração natural do volume de vendas depois de forte crescimento, além de reduções expressivas verificadas nas atividades de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e de Outros artigos de uso pessoal e doméstico são os dois principais fatores que explicam o recuo das vendas no varejo em junho”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Quando se compara os resultados de junho e maio de 2024, nota-se que vinte unidades da federação obtiveram desempenho negativo.