PCE

Inflação menor o previsto nos EUA pode atrair capital estrangeiro para o Brasil, diz Multiplike

O núcleo da inflação do consumo (PCE) nos Estados Unidos avançou 0,1% em novembro, ante 0,2% em outubro

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O núcleo da inflação do consumo (PCE) nos Estados Unidos avançou 0,1% em novembro, ante 0,2% em outubro. Os dados foram reportados nesta sexta-feira (22) pelo Departamento de Comércio norte-americano. 

Na comparação anual, o indicador sobe 3,2%, de 3,5% em outubro. O consenso do mercado apontava para 3,3%. O núcleo do PCE exclui variações de preços de alimentos e energia, que são considerados mais voláteis.

Se incluídas estas variações em novembro, a inflação de consumo do país ficou negativa em 0,1% na base mensal e positiva em 2,6% na comparação anual. 

O economista Volnei Eyng, CEO da Multiplike, explica que o PCE é o parâmetro da meta de inflação do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). “O rali de acumulado de Natal [que já se vê no mercado de capitais] se dá principalmente pela variação de inflação nos EUA e, principalmente, aquece o rali no Brasil”, afirma, acrescentando que o Ibovespa já bateu três recordes nos últimos dias.

      “Este PCE também contribui para a elevação da expectativa da diminuição dos juros já para o primeiro trimestre nos EUA, frente à projeção anterior que indicava o segundo trimestre. Além disso, indica uma volta forte dos investidores para a renda variável, principalmente Bolsa de Valores, em detrimento da renda fixa, como títulos atrelados a juros”, diz.

      Por fim, Eyng destaca que a Bolsa brasileira pode escalar mais e a queda de juros nos EUA, caso se confirme, poderá resultar em novas entradas de capital estrangeiro no Brasil.