A inflação do país acelerou em fevereiro e registrou alta de 0,83%, após fechar janeiro em 0,42%, apontou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os preços do grupo de Educação tiveram o maior crescimento (4,98%) e o maior impacto (0,29 p.p.) no total.
No ano, o IPCA acumula alta de 1,25% e, nos últimos doze meses, de 4,50%. Em fevereiro de 2023, a variação havia sido de 0,84%.
Apesar de alguma surpresa baixista, na média móvel de três meses, com dados dessazonalizados e anualizados, os núcleos seguem em alta (o que já era esperado), sinaliza Luciana Rabelo, economista do Itaú (ITUB4).
Serviços subjacentes aceleraram para 5,70% (de 5,30%), enquanto os industriais subjacentes aceleraram para 2,00% (de 1,90%). Na mesma métrica, a média dos núcleos acelerou para 4,00% (de 3,80%).
“A leitura do IPCA de fevereiro veio ligeiramente acima do esperado, mas concentrado em itens que não fazem parte do núcleo de inflação (alimentação e administrados). O qualitativo dessa divulgação, no entanto, foi melhor do que o esperado, com surpresa baixista em industriais subjacentes e serviços subjacentes. Na margem, como já era esperado, a média dos núcleos acelerou para 4,0% (de 3,8%). Para 2024, projetamos IPCA de 3,6%”, completou Rabelo.