Caso judicializado

Revisão da Vida Toda: STF volta a julgar caso em 10 de abril

Em dezembro de 2022, a Corte havia aprovado a revisão, mas em março de 2024 voltou atrás e derrubou a decisão

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O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma em 10 de abril o julgamento da Revisão da Vida Toda, ação que busca permitir que aposentados do INSS incluam contribuições anteriores a 1994 no cálculo de seus benefícios.

Em dezembro de 2022, a Corte havia aprovado a revisão, mas em março de 2024 voltou atrás e derrubou a decisão.

Mais sobre a Revisão da Vida Toda

Agora, os ministros avaliarão um novo recurso que pode modular os efeitos da decisão e definir se quem já recebeu valores da revisão precisa devolvê-los ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Quatro ministros se manifestaram contra a devolução dos valores: Cristiano Zanin, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) estima que o impacto financeiro da revisão para os cofres públicos pode chegar a R$ 480 bilhões.

Entre os cenários possíveis, o STF pode:

  • Rejeitar os embargos e manter a decisão contrária à revisão;
  • Aceitar parcialmente os embargos e modular os efeitos, e garantir que quem recebeu não precise devolver os valores;
  • Revalidar a revisão da vida toda.

O julgamento se origina de recursos apresentados pelo Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), que buscam garantir o direito à revisão das aposentadorias com base na regra mais favorável.

A decisão atual anulou uma deliberação anterior da Corte que havia permitido a revisão da vida toda, e baseou-se em ações de inconstitucionalidade contra a Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213-1991).

A reviravolta ocorreu porque o STF julgou a constitucionalidade das regras previdenciárias de 1999 e não o recurso extraordinário que havia concedido o direito à revisão.

A retomada do julgamento pode ter implicações importantes para os aposentados e para o sistema previdenciário como um todo.

A decisão final pode definir se os aposentados terão ou não a possibilidade de reverter para a regra de cálculo mais vantajosa, e influencia diretamente a forma como os benefícios são calculados e ajustados.