Lula nunca interferiu no Banco Central, afirma Haddad em pronunciamento

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu as indicações de Lula para o Banco Central, destacando sua experiência técnica e a independência da autarquia

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se pronunciou nesta quarta-feira (18) sobre as indicações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a diretoria do Banco Central (BC).  

Em entrevista, Haddad assegurou que todos os indicados possuem a “capacidade técnica” necessária para tomar decisões para o Brasil, destacando a experiência dos profissionais escolhidos. 

“Lula nunca interferiu no Banco Central” 

Além disso, Haddad falou sobre a relação futura entre o governo e o Banco Central, especialmente com a troca de comando marcada para janeiro, ele reforçou que o presidente Lula sempre respeitou a independência da autarquia.

“O presidente Lula, em oito anos de mandato, nunca interferiu no Banco Central. Isso foi atestado até pelo próprio Henrique Meirelles [ex-presidente do BC] e está sendo seguido da mesma forma agora”, disse o ministro.  

Capacidade técnica e aprovação no Senado 

Haddad também destacou que o Senado aprovou os nomes indicados por Lula para a nova gestão do Banco Central com uma “larga margem”.

Assim, segundo ele, isso comprova a “capacidade técnica inquestionável” dos indicados. 

Comentários do Haddad sobre a Selic e o câmbio 

Em sua coletiva, o ministro também comentou sobre a política monetária do país. Acima de tudo, ele abordou a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano.  

Lula criticou a medida, classificando-a como excessiva, em entrevista ao programa Fantástico da TV Globo, no último domingo (15).

Por outro lado, Haddad afirmou que a equipe econômica trabalha para uma “acomodação do câmbio” e acredita que a situação será resolvida com as ações que o governo toma.

Por fim, o ministro lembrou a importância das medidas de corte de gastos que estão sendo analisadas pelo Legislativo.  

Haddad alertou para o risco de essas medidas se tornarem “desidratadas”, sem a eficácia necessária para contribuir com a estabilidade fiscal do país.