Política monetária

Lula reage a alta de 1% na Selic: subida já estava 'demarcada' por Campos Neto e Galípolo 'não pode dar um cavalo de pau'

Na última quarta-feira (29), o Copom elevou a Selic em um ponto percentual, atingindo 13,25% ao ano

Lula e Gabriel Galípolo
Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu, nesta quinta-feira (30), a recente elevação da taxa de juros, decisão tomada na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) presidido por Gabriel Galípolo, na última quarta-feira (29). Lula afirmou que a subida dos juros já era esperada, pois havia sido “praticamente demarcada” pela gestão anterior do Banco Central (BC), sob Roberto Campos Neto.

“O presidente do Banco Central não pode dar um cavalo de pau num mar revolto de uma hora para outra”, comentou o presidente, destacando que Galípolo tomou a decisão conforme necessário.

“Tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do Banco Central. Tenho certeza de que ele vai criar condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor”, acrescentou.

Na última quarta-feira (29), o Copom elevou a Selic em um ponto percentual, atingindo 13,25% ao ano.

Foi a quarta alta seguida e a segunda consecutiva nesse ritmo agressivo, o que gera impactos diretos na economia.

Isso porque, a decisão unânime do Copom reflete o esforço do Banco Central para controlar a inflação, embora a elevação da Selic também traga o efeito colateral de desacelerar o crescimento econômico.

Com o cenário inflacionário ainda desafiador, o Copom já antecipa uma nova alta na próxima reunião, caso as condições adversas se confirmem.

Anteriormente, Lula já havia criticado as altas sucessivas durante a gestão de Campos Neto, mas dessa vez reafirmou sua confiança na política econômica atual, sinalizando paciência diante dos desafios que a economia brasileira enfrenta.