Resposta do Brasil

Lula sobre tarifas dos EUA: 'Vamos dar a mesma resposta'

Em Cúpula da Celac, presidente Lula classifica guerra comercial entre Estados Unidos e China como uma briga pessoal

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Crédito: Agência Brasil
Crédito: Agência Brasil

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a tensão comercial entre Estados Unidos e China é uma “briga pessoal”, porém ameaça a economia mundial. A declaração foi feita após sua participação na Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), em Tegucigalpa, Honduras.

No entanto, Lula demonstrou preocupação com as consequências das recentes decisões do governo norte-americano.

“Nós, agora, estamos preocupados com as decisões unilaterais do presidente dos Estados Unidos. Nós não sabemos qual será o efeito devastador disso na economia, inclusive na norte-americana”, afirmou o petista. 

Lula critica o unilateralismo norte-americano

Durante entrevista a jornalistas, Lula também condenou a postura unilateral dos Estados Unidos nas relações comerciais. De acordo com ele, a busca por acordos isolados representa uma ameaça ao sistema de comércio global e “querer fazer negociação individual é colocar fim no multilateralismo”. 

“E é muito importante que as pessoas entendam que não é aceitável a hegemonia de um país – nem militar, nem cultural, nem industrial, nem tecnológica, nem econômica sobre os outros”, destacou o presidente. 

Lula garantiu que o Brasil não ficará passivo diante de eventuais prejuízos causados pelas novas medidas tarifárias. Caso os produtos brasileiros sejam afetados, o governo pretende agir com reciprocidade.

“Tudo o que fizerem conosco haverá reciprocidade. Tudo. Ou vamos à OMC brigar, onde temos direito, ou vamos dar a mesma resposta”, afirmou. “É o mínimo que se espera de um país com dignidade e soberania.”

Conforme Lula, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, já entrou em contato com representantes da diplomacia norte-americana. O objetivo é buscar alternativas diplomáticas.

Trump pausa tarifas 

Além disso, nesta quinta-feira (10), o presidente Donald Trump elevou para 145% as tarifas sobre produtos chineses.

Para outros países, como o Brasil, a tarifa de 10% foi mantida, mas com um prazo de 90 dias para possíveis negociações bilaterais.