O Itaú Unibanco revisou suas expectativas para a taxa básica de juros (Selic), prevendo agora que ela alcance 15% no final de 2025, contra os 13,5% projetados anteriormente.
A expectativa é que o Banco Central promova dois aumentos de 1 ponto percentual nos primeiros meses de 2024, seguidos por um ajuste de 0,75 ponto em maio, encerrando o ciclo de alta.
Esse patamar de 15% deve ser mantido até o final de 2025, com redução apenas em 2026, quando a Selic está estimada em 13%.
Selic a 12,25%: o que dizem os analistas do mercado financeiro?
Por que a taxa Selic vai aumentar?
Segundo o economista-chefe do banco, Mario Mesquita, o ajuste reflete um cenário de inflação pressionada e câmbio desvalorizado.
Além disso, o desempenho econômico mais resistente do que o esperado também influencia.
Isso demandaria demanda um ciclo mais intenso de aperto monetário e aumento da taxa Selic.
Cenário fiscal e impacto nas projeções econômicas
Além da taxa Selic, o contexto fiscal também influencia as revisões feitas pelo Itaú. O banco vê o pacote fiscal apresentado pelo governo como insuficiente para atingir as metas do novo arcabouço fiscal.
Apesar da economia esperada de R$ 56 bilhões em dois anos, o impacto projetado para 2026 (R$ 32 bilhões) ainda está abaixo dos R$ 40 bilhões necessários para equilibrar as contas públicas.
Além disso, o Itaú projeta o dólar em R$ 5,70 em 2025 e 2026. Enquanto o IPCA deve encerrar os próximos anos acima das metas inflacionárias, com 4,9% em 2024, 5,0% em 2025 e 4,3% em 2026.