Economia

Juros nos EUA: CPI de agosto é peça-chave para intensidade do corte, diz analistas

Índice de Preços ao Consumidor será divulgado na próxima quarta-feira, 11 de setembro. Mercado aposta em corte de 50 pontos-base e um corte menor de 25 pb

Juros nos EUA: CPI de agosto é peça-chave para intensidade do corte, diz analistas

Os dados da inflação norte-americana voltam a ganhar destaque no mercado financeiro, após um período em que os relatórios sobre o mercado de trabalho dominaram as atenções. Isso porque, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto, a ser divulgado na próxima quarta-feira (11), poderá influenciar significativamente a decisão do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, sobre as taxas de juros por lá.

A autarquia deve determinar o rumo das taxas na reunião marcada para o dia 18 de setembro.

Com a expectativa de um corte potencialmente maior de 50 pontos-base nas taxas, o mercado observa de perto o CPI para entender a direção do banco. A princípio, o Fed não fez um corte tão grande desde 2008, durante a crise financeira global.

Caminho para o corte

Os dados de emprego divulgados na última sexta-feira (6), por meio do relatório Payroll, mostraram a criação de 142.000 novos postos de trabalho em agosto, abaixo das expectativas, e revisões para baixo em meses anteriores.

Esses números reforçam a percepção de uma desaceleração no mercado de trabalho e contribuem para a incerteza sobre a magnitude do corte de taxa, como aponta os analistas Jay Hatfield e Keith Buchanan.

Nesse sentido, a volatilidade nos futuros de fundos do Fed reflete essa incerteza, com os traders alternando entre chances de um corte de 50 pontos-base e um corte menor de 25 pontos-base.

Dessa forma, a dupla de analistas consideram que o CPI será crucial para definir se o Fed fará um ajuste mais agressivo ou mais moderado nas taxas.

Hatfield e Buchanan, destacam que uma redução de 50 pontos-base pode sinalizar uma recessão iminente, dado o contexto atual de inflação e crescimento econômico.

“O mercado também está atento às declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, que poderão fornecer mais clareza sobre a política monetária futura”, destacam.