O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, a ser divulgado nesta terça-feira, 10 de setembro, deve apresentar uma alta marginal de 0,04% em relação ao mês anterior, projetou o BTG Pactual.
O indicador deve refletir uma taxa anual de 4,30%.
Esta variação representa uma desaceleração significativa em comparação com a alta de 0,38% registrada em julho.
Fatores que contribuíram para a desaceleração
A desaceleração prevista para o IPCA de agosto foi atribuída a vários fatores econômicos que influenciam o comportamento dos preços, de acordo com os analistas Álvaro Frasson, Arthur Mota, Lorena Laudares e Victor Amaral.
Entre eles, destacam-se:
- – a deflação das tarifas aéreas e da eletricidade: A redução nos preços das passagens aéreas e da energia elétrica contribui para um alívio nas pressões inflacionárias;
- – a desaceleração dos núcleos de serviços e bens industriais: O núcleo de serviços e o setor de bens industriais apresentam uma desaceleração, o que reduz a pressão inflacionária sobre os preços; e
- – o menor inflação dos combustíveis: A inflação dos combustíveis também iniciou uma trajetória de baixa, e contribui para a moderação no índice geral de preços.
Impacto esperado nos núcleos de preços
Espera-se, de acordo com o BTG Pactual, que a média dos núcleos de preços, que exclui itens mais voláteis, desacelere de forma significativa, em 0,16% na passagem de julho para agosto.
Esta mudança implica em uma leitura relativamente benigna para o IPCA, de acordo com o grupo de analistas, e indica um controle mais eficaz da inflação em termos gerais.