No Relatório Trimestral da Inflação (RTI) publicado nesta quinta-feira, 27 de junho, o Banco Central (BC) revisou para cima sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024, de 1,9% para 2,3%.
No material, a autoridade monetária destacou que a economia do País cresceu bem no primeiro trimestre de 2024, com destaque para o consumo das famílias e para os investimentos, que aumentaram fortemente.
O mercado de trabalho se aqueceu nos meses mais recentes, com a queda do desemprego e o aumento dos salários, e, mesmo as enchentes no Rio Grande do Sul (RS), que causaram uma queda grande da atividade econômica gaúcha em maio, demonstra sinais de recuperação.
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Em um ano, a variação do IPCA-15 foi de 4,06%, acima dos 3,70% observados nos doze meses imediatamente anteriores
As projeções para a inflação medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram de 3,5% para 4,0% em 2024 e de 3,2% para 3,4% em 2025, ambas acima da meta de 3,00%.
De acordo com a autoridade monetária, uma maior inflação ao redor do mundo e uma inflação de serviços mais alta do que o esperado poderiam dificultar o controle do processo interno.
Por outro lado, a redução do crescimento econômico global e a maior redução da inflação no mundo em virtude de políticas monetárias restritivas poderiam ajudar a reduzir a inflação no Brasil.
Uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, declarou o Banco Central.
A expectativa para o saldo da conta corrente foi de um déficit de US$ 53.000.000.000,00, pior do que os US$ 48.000.000.000,00 anteriormente previstos.
Por outro lado, a projeção para o superávit comercial se mantém estável em US$ 59.000.000.000,00.
