Os economistas do Itaú Unibanco (ITUB4) esperam que a taxa básica de juros, a Selic, suba para 12,25% na reunião do Banco Central (BC) desta quarta-feira, 11 de dezembro.
O banco espera que o BC acelere o ritmo de alta de juros para 1 ponto percentual, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (9), assinado por Mário Mesquista, economista-chefe do Itaú.
De acordo com a instituição, o cenário de “crescente incerteza e aversão a risco” deve levar a esse aperto maior na Selic.
Por que o ritmo de alta da Selic pode aumentar?
Para a equipe de macroeconomia da instituição, alguns fatores podem pesar sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM).
Neste sentido, a piora nas expectativas de inflação e a depreciação intensa do câmbio, descolada da maioria dos países emergentes, “requer uma postura mais vigorosa por parte da autoridade monetária”.
O banco também destaca o crescimento econômico mais forte, acima das estimativas, e um mercado de trabalho ainda apertado, fatores que podem pressionar os preços.
“As projeções de inflação do comitê no cenário de referência (que inclui taxa de câmbio seguindo a paridade do poder de compra e taxa de juros de acordo com a pesquisa Focus) devem subir: para 4,8% para 2024 (ante 4,6% na reunião de novembro), para 4,6% em 2025 (ante 3,9%), e, mais importante, para 4,1% (de 3,6%) no horizonte relevante (2 trimestre de 2026)”, diz o relatório.
A equipe de economistas do Itaú também apontou que o Copom precisa sinalizar que vai repetir a intensidade na próxima reunião em janeiro de 2025.