Expectativas

XP eleva projeções e revisa Selic para 15,50% no final de 2025

Corretora ajusta estimativas para Selic, PIB, câmbio e inflação, com expectativa de corte de juros apenas em 2026

XP eleva projeções e revisa Selic para 15,50% no final de 2025

A XP Investimentos revisou suas projeções econômicas e elevou a estimativa da taxa Selic, de 15% para 15,50%, no final do ciclo de alta deste ano. Para a corretora, o início do ciclo de cortes nos juros agora é esperado apenas para 2026. 

Selic mais alta e impacto na economia 

Além da elevação da Selic, de acordo com o relatório da XP, o cenário interno também deve levar a uma desaceleração econômica a partir do segundo trimestre de 2024. 

O que é a taxa Selic e como ela afeta seus investimentos?

Ajustaram a expectativa para o crescimento do PIB para 3,6% em 2024, 2,0% em 2025 e 1,0% em 2026, alinhando-a a uma política monetária mais contracionista e a um impulso fiscal reduzido.

Ajustes no câmbio e na inflação 

Também revisaram para cima a taxa de câmbio, assim como a Selic. A projeção para 2025 passou de R$ 5,85 para R$ 6,20, enquanto, para 2026, a estimativa subiu de R$ 6,00 para R$ 6,40. 

Esses ajustes refletem o diferencial de inflação, além de um prêmio de risco associado à incerteza eleitoral. 

Já para a inflação, a corretora prevê que o IPCA alcance 6,1% em 2025, devido à demanda interna aquecida e à desvalorização cambial. Para 2026, a previsão permanece em 4,5%, acompanhando os juros elevados. 

Perspectivas externas: Trump e Federal Reserve 

Além da Selic, no cenário internacional, a XP acredita que as primeiras medidas do presidente eleito Donald Trump terão impacto nos mercados emergentes. 

O Federal Reserve (Fed – banco central dos EUA) deve realizar dois cortes de 0,25 pontos percentuais na taxa de juros no primeiro semestre de 2025, alcançando uma taxa terminal de 4,00%. 

No entanto, a XP alerta para riscos crescentes de estabilidade ou até mesmo uma elevação dos juros. Porém, isso acontecerá caso a atividade econômica nos EUA continue alta e a inflação permaneça acima da meta de 2%. 

“Mesmo uma alta de juros não deve ser totalmente descartada, dependendo da intensidade das primeiras medidas de Trump”, afirmou a corretora.