Com a possibilidade de o Federal Reserve voltar a elevar a taxa de juros nos Estados Unidos, os mercados reagem de forma negativa à ata do FOMC na tarde desta quarta-feira (22).
No documento divulgado nesta tarde, os membros afirmaram que, com pouco progresso rumo à meta de inflação de 2%, existe a possibilidade de endurecer a política monetária.
Em última decisão, entre os dias 30 de abril e 1º de maio, o Fed manteve a taxa fed funds no intervalo de 5,25 a 5,50% ao ano.
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Na ata, a autarquia ressaltou que, até que haja percepção e confiança de que a inflação está caindo, não é apropriado reduzir a taxa de juros.
Danilo Igliori economista-chefe da Nomad, ressalta que, os participantes do FOMC concordam na afirmação de que estão dispostos a manter o atual nível de aperto por mais tempo, mas igualmente consideram afrouxar no evento de um enfraquecimento inesperado nas condições do mercado de trabalho, deixando em aberto ajustes para os dois lados.
"Os mercados reagiram negativamente após a divulgação, com queda nos principais indicadores de bolsa e aumento nos retornos do treasuries de 10 anos. Por aqui, o dólar ultrapassou mais uma vez a barreira de R$ 5,15", pontuou Igliori.
Por volta de 16:23 desta quarta, o dólar avançava 0,77%, a R$ 5,155. O Ibovespa caía 1,20%, aos 125.885 pontos, por volta de 16:10.
Nos Estados Unidos, por volta de 16:25, o índice Dow Jones recuava 0,61%, enquanto o S&P 500 operava em queda de 0,48%. O índice Nasdaq, por sua vez, registrava perdas de 0,47% no mesmo horário.
