O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o governo federal se vê encurralado diante da redução na arrecadação decorrente da desoneração da folha de pagamento, especialmente agora que a MP do PIS/Cofins foi devolvida pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e perdeu a validade.
O político justificou sua decisão com a alegação de falta de um período de noventena.
No dia anterior, em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Pacheco expressou sua insatisfação com o governo em relação ao tema, através de uma medida provisória.
Fernando Haddad, por sua vez, admitiu que não existe um plano B para substituir a MP, enquanto a equipe econômica busca alternativas para compensar a diminuição da receitas proveniente da desoneração da folha de pagamento de dezessete setores econômicos que são grandes empregadores.
Haddad declarou que a pasta está atenta às fraudes descobertas na compensação de PIS/Cofins, que chegam a assombrosos R$ 25 bilhões por ano, de acordo com o ministro. "Vamos tentar encontrar um caminho. A equipe está toda disponível, eu estou disponível. Temos que sentar com o Congresso Nacional, como temos feito com tudo", concluiu o ministro.