Economia

Confira novas regras de fiscalização da Receita Federal para Pix e cartão de crédito

Objetivo é combater a evasão fiscal e garantir maior transparência nas operações financeiras

Receita Federal
Receita Federal | Foto/Marcelo Camargo - Agência Brasil

A partir deste ano, a Receita Federal do Brasil passará a monitorar com maior amplitude as transações financeiras realizadas no país.

Além de acompanhar os dados de bancos tradicionais, o órgão agora fiscalizará as operações de todas as operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento, incluindo transferências feitas via Pix.

O que muda com as novas regras?

Antes, a Receita já recebia informações sobre movimentações financeiras de bancos públicos e privados.

Agora, a fiscalização se amplia para incluir todas as entidades que processam transações de pagamento, como operadoras de cartão e plataformas digitais.

De acordo com as novas diretrizes, as informações que deverão ser reportadas incluem:

  • Transações iguais ou superiores a R$ 5 mil realizadas por pessoas físicas.
  • Transações iguais ou superiores a R$ 15 mil feitas por pessoas jurídicas.

Objetivo da medida da Receita Federal

O principal objetivo da Receita é aprimorar o controle e a fiscalização das movimentações financeiras, promovendo maior transparência e combatendo a evasão fiscal.

Além disso, a medida está alinhada aos compromissos internacionais do Brasil no âmbito do Padrão de Declaração Comum (CRS), que busca harmonizar as políticas de transparência fiscal entre os países participantes.

Em nota, o órgão destacou que “a medida não representa invasão de privacidade, mas busca garantir o pagamento correto dos tributos”.

Digitalização impulsiona fiscalização

Com o aumento do uso de pagamentos digitais no Brasil, como o Pix, a Receita espera ampliar sua capacidade de monitoramento e assegurar que as obrigações tributárias sejam cumpridas.

A digitalização tem possibilitado transações mais rápidas, mas também aumenta a necessidade de um controle mais rigoroso.

Para o cidadão comum, a nova regra não trará mudanças diretas no dia a dia. O monitoramento será realizado pelas instituições financeiras, que deverão enviar os dados para a Receita Federal.

Essas informações serão repassadas semestralmente por meio do sistema eletrônico e-Financeira, parte integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).

Já para as empresas, o cumprimento das obrigações de declaração se torna ainda mais crucial. Elas precisarão garantir a precisão e o envio regular das informações solicitadas pelo Fisco.

O que é o e-Financeira?

O e-Financeira é um sistema eletrônico que consolida dados financeiros de pessoas físicas e jurídicas. Ele é parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e inclui:

  • Registros de transações financeiras.
  • Abertura e fechamento de contas.
  • Operações relacionadas à previdência privada.

Com isso, a Receita Federal busca padronizar e integrar as informações referentes à gestão financeira e contábil no país.