Na próxima terça-feira (27), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de fevereiro, conhecido como a prévia da inflação oficial do País.
A Warren Investimentos espera uma variação de 0,85%, com o acumulado de 4,56% em doze meses. Andréa Angelo, estrategista de inflação da plataforma, aponta que a aceleração da inflação na leitura mensal vai se dar pelos grupos de Transportes e de Educação.
"A passagem aérea e os combustíveis respondem por 0,26 p.p deste movimento. Vale lembrar que dia 1° de fevereiro iniciou o novo valor da alíquota ad rem da gasolina (de R$ 1,22 para R$ 1,37 por litro)", comentou.
A medida levou a alta esperada de 1,5% deste item no IPCA-15 de fevereiro após deflação de 0,43% em janeiro.
No mesmo sentido, a estrategista calcula que a passagem aérea deve deixar a deflação de 15,2% e ter variação zero neste mês.
Já o grupo Educação, ela aponta ser sabido que a incidência do reajuste dos cursos regulares cai no IPCA-15 de fevereiro.
A Warren Investimentos espera alta de 5,55% ( com 0,25p.p entre as leituras do IPCA-15 de janeiro e fevereiro), abaixo do reajuste capturado em 2023 que foi de 7,64%.
A coleta para estes cursos e o acompanhamento da Fipe leva a plataforma a esperar este resultado inferior em 2024.
Por outro lado, alimentação no domicílio deve mostrar desaceleração entre janeiro e fevereiro, especialmente pelos produtos in natura (batata, tomate e as frutas), as carnes e ovos.
De todo modo, Angelo aponta que o grupo ainda vai mostrar inflação elevada de 1,40%. E se a Warren Investimentos estiver correta, em apenas dois meses do ano o item vai acumular alta de mais de 3%.
Contudo, a plataforma vê simetria baixista em relação a projeção do ano no grupo, que vem de alta de 6%.
"Este risco vem do desempenho muito favorável da oferta de bovinos e frango. Além do arroz e feijão, que devem iniciar a reversão da alta dos últimos meses", destacou a estrategista.
A Warren Investimentos entende que o balanço de riscos deste número se mostra altista em razão do grupo despesas pessoais e educação.
Na avaliação qualitativa, as principais medidas de núcleos, deverão apontar variação média de +0,48%, uma aceleração em razão ao dado anterior (0,35%) ou 4% em 12 meses.
Veem ainda a desagregação como destaque, feita por Warren Investimentos, de serviços que excluem restaurante, empregado doméstico, avião e educação, este deverá mostrar alta de 0,52% após 0,46%.
No entanto, a inflação de serviços subjacentes, pode atingir +0,58% e desacelerar em relação ao IPCA-15 de janeiro (0,68%), estável em 4,90% em 12 meses.
No ano, esperam alta de 5% após 4,8% em 2023, e este grupo segue como risco altista que temos chamado a atenção desde a leitura do IPCA-15 de dezembro.
Para o IPCA fechado de fevereiro, projetam 0,88% e, em março, em 0,13%. Para 2024, projetam um IPCA de 4%, o balanço de riscos baixista. E, para 2025, está em 3,5%.
As informações são de Approach.