A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) informou nesta segunda-feira (11), que solicitou ao governo brasileiro e à Petrobras (PETR3)(PETR4) que revejam o mecanismo de preços do querosene de aviação praticado no país. Para a associação, o preço do combustível no Brasil é “excessivamente alto e não reflete a realidade de um país produtor de petróleo”.
“A posição de monopólio da Petrobras e os custos administrativos adicionais cobrados pelo fornecedor resultam em preços de combustível de aviação artificialmente inflacionados”, afirma Peter Cerda, vice-presidente regional da Iata para as Américas, em nota.
Além disso, a Iata diz que o governo impõe uma pesada carga tributária sobre o querosene para voos domésticos, o que impacta ainda mais negativamente a competitividade do setor.
A associação representa cerca de 320 companhias aéreas, que compõem 83% do tráfego aéreo global. “Ao adotar as melhores práticas globais, o Brasil pode impulsionar seu setor de aviação e se beneficiar do aumento da conectividade, do turismo e do comércio.”
A Petrobras costuma reajustar os preços do querosene de aviação no início de cada mês. Em 1° de dezembro, a estatal reduziu o preço médio de venda do QAV para distribuidoras em 6%, um corte de R$ 0,26 por litro.
No ano, o preço médio de venda do QAV da estatal acumula redução de 19,6% em relação aos preços de dezembro de 2022, segundo a Petrobras, o que corresponde a R$ 1,00 por litro.